Quantas vezes os dias passam a correr e mesmo que tenhamos a ideia de que foram dias relativamente tranquilos e sem muitas exigências, damos por nós absolutamente exaustos, quase como se tivéssemos corrido a maratona ou feito uma direta?
A verdade é que não precisamos de trabalhar muito ou de fazer muitas atividades durante o dia para nos sentirmos exaustos.
Há algumas atitudes que vamos tendo ao longo dos dias que contribuem em grande escala para a nossa exaustão e às quais é muito fácil adaptarmo-nos sem tomarmos consciência delas.
Alguns exemplos
- Comparar-se com os outros - Quando estamos permanentemente a compararmo-nos com os outros acabamos por nunca nos sentirmos satisfeitos connosco próprios. Sendo que cada um de nós é singular e a comparação em excesso tende a fazer com que coloquemos um travão a nós próprios.
- Procurar a perfeição - A verdade é que todos nós temos fragilidades e, embora possamos corrigi-las ou melhorá-las, nenhum de nós consegue ser perfeito, logo procurar a perfeição é uma meta inalcançável que tende a gerar resultados inversos e a aumentar em grande escala os níveis de ansiedade.
- Tentar permanentemente agradar - Sempre que estamos demasiado ocupados a tentar agradar aos outros, geramos uma luta interna que nos faz ficar presos na rivalidade entre o “eu” que nós somos e o “eu” que os outros esperam que nós sejamos. Este cenário, impede-nos de sermos autênticos e genuínos e gera um grande desgaste.
- Não cuidar de si - Muitas vezes, dedicamos demasiado tempo ao trabalho, aos outros e acabamos por ignorar as nossas necessidades e os apelos do nosso corpo e do nosso interior e, quando o fazemos é impossível que, mais tarde ou mais cedo, os sinais de exaustão não apareçam de forma clara e expressiva.
- Exercer demasiado controlo - Na verdade há um grande conjunto de coisas no nosso dia a dia que não conseguimos controlar, por isso, é essencial aceitarmos que controlar tudo é impossível e, por isso mesmo, é uma tarefa ingrata e absolutamente desgastante.
Se se sente exausto, comece por analisar as atitudes e comportamentos que tem no seu dia a dia.
Lembre-se que é fácil adquirirmos vícios de forma que podem prejudicar o nosso bem-estar, mas que é essencial tentar combatê-los para promovermos o nosso bem-estar.
Um artigo de Cátia Lopo e Sara Almeida, da Escola do Sentir.
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