A dieta vegetariana baseia-se na abstenção da ingestão de qualquer alimento de origem animal por motivos religiosos ou pessoais, bem como por questões éticas, como a defesa dos direitos dos animais.
Algumas pessoas adotam uma dieta vegetariana por questões ambientais, pois a produção animal aumenta as emissões de gases de efeito estufa, contribui para as mudanças climáticas e requer grandes quantidades de água, energia e recursos naturais.
O vegetarianismo carateriza-se de várias formas, cada uma das quais difere nas suas restrições:
- Dieta lacto-ovo-vegetariana: elimina carne, peixe e aves, mas permite ovos e lacticínios.
- Dieta lacto-vegetariana: elimina carne, peixe, lacticínios, mas permite produtos lácteos.
- Dieta ovo-vegetariana: elimina carne, peixe, aves e lacticínios, mas permite ovos.
Já a Dieta Flexitariana (ou dieta semivegetariana) permite obter os benefícios de uma alimentação vegetariana enquanto consome, de forma moderada, produtos de origem animal. É por esta razão que o seu nome resulta da combinação das palavras “flexível” e “vegetariana”.
Ainda assim, quem pratica esta dieta não se pode considerar vegetariano ou vegan. O principal objetivo do flexitarianismo é consumir mais alimentos de origem vegetal e de origem natural e promover hábitos alimentares mais saudáveis e equilibrados.
Quer iniciar uma dieta vegetariana? Então comece por colocar em prática estes princípios:
1. Dê prioridade ao consumo de frutas, verduras, legumes e cereais integrais;
2. Lembre-se das proteínas de origem vegetal, adicione ao seu prato leguminosas, frutas oleaginosas (amêndoa, noz, amendoim, caju, entre outros), sementes e pseudocereais como a quinoa, amaranto e trigo sarraceno.
3. Seja flexível e incorpore produtos de origem animal ocasionalmente ou consuma apenas durante as festividades ou em épocas especiais aproveitando essa refeição com a família.
4. Coma de forma menos processada, opte por produtos mais naturais.
5. Limite o consumo de açúcar ou de alimentos com adição de açúcar ou edulcorantes alimentares.
Se respeitar estes princípios terá benefícios não só a nível cardiovascular, como na sua saúde intestinal e no controlo ou perda de peso corporal. Isto deve-se ao fato do consumo de alimentos processados com adição de sal e/ou de açúcar ser drasticamente reduzido com a prática deste tipo de alimentação e, por outro lado, haver um maior consumo de alimentos naturais ricos em fibras e gorduras saudáveis.
No que diz respeito ao ambiente, a redução do consumo de carne contribui para a preservação dos recursos naturais uma vez que o cultivo de alimentos de origem vegetal requer muitos menos recursos do que a criação de animais para consumo (cerca de 11 vezes menos energia) e para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa em cerca de 7%.
Relativamente às deficiências nutricionais, lembre-se que uma dieta flexitariana, tal como o nome indica, oferece flexibilidade para consumir produtos de origem animal ocasionalmente pelo que, se for bem planeada e equilibrada, fornece todos os nutrientes essenciais ao nosso corpo.
Fica aqui uma ideia de um dia a pôr em prática uma dieta flexitariana:
Pequeno-almoço: Panquecas vegan de banana e aveia
Lanche da manhã: 1 peça de fruta
Almoço: Salada fria com camarão, feijão preto, ervilhas e abacate
Lanche da tarde: Pudim de chia com granola
Lanche da tarde: 1 peça de fruta
Jantar: Bolonhesa de lentilhas com espiralizado de cenoura
Um artigo da nutricionista Catarina Sofia Correia, da Clínica Tejo Saúde, Parceira Fitness Hut - Grupo VivaGym.
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