A escocesa de 31 anos consome 3 mil calorias por dia - o equivalente a 200 colheres de chá de açúcar - e diz que preferiria cortar relações com a  irmã gémea do que abdicar do consumo desta bebida.

À BBC, Emma Forrest conta que se levanta cinco vezes por noite para saciar o vício e faz apenas uma refeição por dia para equilibrar o peso. Em média, esta mulher gasta 250 libras (cerca de 286 euros) em bebidas energéticas e refrigerantes por mês.

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"Tudo começou há cerca de três anos e meio", recorda em entrevista à BBC. "Comecei por beber três latas, depois seis, e depois fui aumentando. Lembro-me de chegar às 20 latas por dia. E hoje, se não as beber, fico com muitas dores de cabeça", diz. "Acabo por nunca deixar de ter uma lata nas mãos. Estou sentada neste momento com duas latas - uma de refrigerante e outra de energético", reconhece a escocesa de Selkirk.

Stock de 2.000 latas

Em casa esta mulher mantém um stock de cerca de 2.000 latas de refrigerante. Em casa da irmã, onde vai frequentemente, a escocesa tem outras 50.

"Se eu não beber, fico cheia de dores de cabeça e tremores. Consumir estas bebidas faz-me sentir normal o dia inteiro, todos os dias", explica Emma Forrest que diz que adquiriu o vício em "três anos", sem precisar há quanto tempo consome este tipo de bebidas.

Apesar de se sentir normal, esta escocesa não se sente feliz: "Estou em sofrimento", admite.

Para a psicóloga comportamental Judy James, Forrest pode tratar-se deste vício se conseguir a mesma força de vontade que teve ao superar a dependência do jogo.

"Parece que ela tem uma personalidade inclinada para vícios, mas isso não quer dizer que não haja esperança. Ela ainda pode controlar a situação. Emma precisa de construir um senso de controlo. Seria ótimo se ela conversasse com algum especialista médico para ficar a saber das perspectivas a longo prazo caso parasse de consumir estas bebidas", afirma a especialista.

Já a nutricionista Kawther Hasham adverte que Emma Forrest tem consumido uma quantidade de açúcar extremamente prejudicial à saúde. "Os níveis de açúcar em alguns energéticos são excessivamente altos. Isso leva a um risco maior de obesidade e diabetes do tipo 2", afirma a nutricionista.