A Espanha registou 11.178 casos de coronavírus desde o início do surto, dos quais 491 morreram e 1.098 foram curados, anunciou hoje o diretor do Centro de Coordenação de Alertas e Emergências Sanitárias do Ministério da Saúde espanhol. O aumento do número de óbitos é de 17,7% face aos dados de ontem.
Segundo Fernando Simón, a Comunidade de Madrid continua a ser a região com mais casos de pessoas infetadas, com 4.165 casos, o que representa 43% do total nacional.
Até há pouco, a região de Madrid tinha mais de 50% dos casos diagnosticados, mas a percentagem tem diminuído à medida que outras regiões, como a Catalunha (1.394), estão a registar um aumento dos casos.
Madrid e Catalunha são agora responsáveis por 56% de todos os casos detetados.
Do número total de 11.178 casos, 1.098 pessoas foram dadas como curadas, havendo 5.136 hospitalizados e 563 em unidades de cuidados intensivos.
Fernando Simón alertou que a desaceleração do crescimento das infeções deve ser tomada com cautela, já que poderia ser devido a "pequenas mudanças nas definições de casos" e adiantou que, "nos próximos dois ou três dias, será avaliada “com mais precisão".
Em confinamento quase total desde sábado, Espanha é o segundo país europeu e o quarto do mundo com mais contágios.
Portugal registou ontem a primeira morte por COVID-19, anunciou a ministra da Saúde, Marta Temido. Trata-se de um homem de 80 anos, com "várias patologias associadas" que estava internado há vários dias no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, disse a ministra, que transmitiu as condolências à família e amigos.
Há pelo menos 331 pessoas infetadas em Portugal, segundo o boletim diário de ontem da Direção-Geral da Saúde (DGS). Dos casos confirmados, 192 estão a recuperar em casa e 139 estão internados, 18 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI). O documento da DGS assinala 2.908 casos suspeitos, dos quais 374 aguardavam resultado laboratorial. Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.
O Governo português declarou na sexta-feira o estado de alerta no país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão, e suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas a partir de segunda-feira, impondo restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, na quarta-feira, a doença COVID-19 como pandemia, justificando tal denominação com os “níveis alarmantes de propagação e de inação”. O surto de COVID-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 7.000 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ronda as 175 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 141 países e territórios. Do total de infetados, mais de 75 mil recuperaram.
Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China. Vários países na Europa, como Itália, Noruega, Irlanda, Dinamarca, Lituânia, França e Alemanha, encerram total ou parcialmente escolas, universidades, jardins de infância e outras instituições de ensino.
Em Portugal, o primeiro-ministro, António Costa, comunicou na semana passada ao país o encerramento de todas as escolas para travar a proliferação do coronavírus, entre outras medidas. Também foi anunciado a suspensão de todos os voos de e para Itália. A Direção-Geral de Saúde também reforçou as recomendações à população.
Nos últimos dias, Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China e o Governo italiano decidiu há uma semana alargar a quarentena, imposta inicialmente no norte do país, a todo o território italiano.
Na quarta-feira, as autoridades italianas voltaram a decretar medidas de contenção adicionais e ordenaram o encerramento de todos os estabelecimentos comerciais à exceção dos de primeira necessidade, como supermercados ou farmácias.
Veja em baixo o mapa interativo com os casos de coronavírus confirmados até agora
Se não conseguir ver o mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, siga para este link.
Acompanhe aqui, ao minuto, todas as informações sobre o novo coronavírus em Portugal e no mundo.
Comentários