O cruzeiro atracou esta manhã no Porto de Civitavecchia, perto de Roma, e os passageiros e tripulação estão nesta altura retidos e a serem sujeitos a exames para despistar a presença da infeção viral chinesa.
A bordo segue uma turista com sintomas da doença. A mulher, que viaja acompanha pelo marido, é oriunda de Macau.
Segundo a agência de notícias Efe, a passageira apresenta sintomas compatíveis com o coronavírus: febre e problemas respiratórios e foi isolada assim como o marido que não apresenta sinais de doença. Uma equipa do Hospital de Spallanzani, Roma, esteve a bordo do cruzeiro, e já regressou ao laboratório hospitalar onde vai proceder às análises.
Segundo o jornal italiano "Corrieri della Sera", o casal, oriundo de Macau, embarcou no porto italiano de Savona, Génova, depois de ter viajado de avião a partir de Hong Kong para Itália onde chegou através do aeroporto de Malpensa, Milão, no passado sábado. "O ministério da Saúde alertou-nos sobre possíveis casos e enviou três médicos a bordo para realizar os exames prévios", informou à AFP uma porta-voz do centro de saúde de Civitavecchia.
A empresa italiana Costa Cruzeiros, responsável pela viagem, confirmou que existem 6.000 passageiros a bordo e tripulação.
170 mortos na China
Subiu para 170 o número de mortos pelo novo coronavírus na China, informaram as autoridades locais. O número total de pessoas infetadas até agora é de cerca de 7.700, superando assim a quantidade de contaminados pela Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) em 2002-2003.
Na quarta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu ao "mundo inteiro para agir" na luta contra o novo coronavírus, enquanto vários países retiraram os seus cidadãos da cidade de Wuhan, onde a nova epidemia surgiu. O Comité de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) reúne-se hoje em Genebra para avaliar se o surto do novo coronavírus, com origem na China, deve ser declarado emergência de saúde pública internacional.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, justificou a convocação, de novo, do Comité de Emergência com o “risco de propagação mundial” do coronavírus (família de vírus que causa pneumonia).
Europeus repatriados nas próximas horas
A companhia aérea portuguesa Hi Fly vai iniciar, esta quinta-feira, o repatriamento de cidadãos europeus desde Wuhan, a cidade chinesa onde surgiu o novo coronavírus.
Além da China, já foram registados casos em mais 19 países, sendo os mais recentes a Índia e Filipinas.
As companhias aéreas de vários países suspenderam ou reduziram drasticamente seus serviços de chegada e partida da China.
Já a Rússia vai fechar todas as fronteiras com a China.
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