Portugal regista hoje 599 mortes associadas à COVID-19 e 18.091 infetados, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Relativamente aos dados de terça-feira, há um aumento de 32 mortes (crescimento percentual de 5,6%) e de 643 casos confirmados (crescimento percentual de 3,68%).

No total, há já 383 doentes recuperados, mais 36 que na terça-feira.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de terça-feira, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 339 óbitos, seguida da região Centro, com 136, da região de Lisboa e Vale do Tejo (111) e do Algarve (9). Há quatro mortes contabilizadas nos Açores. No Alentejo e na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 1.200 doentes internados (6,6%), menos 27 do que na terça-feira, e 208 em unidades de cuidados intensivos (1,1%), menos 10 que ontem.

Pelo menos 4.060 pessoas aguardam resultado laboratorial e 26.144 estão em vigilância pelas autoridades. Desde 1 de janeiro registaram-se 150.804 casos suspeitos, sendo que 128.653 não se confirmaram.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Das 599 mortes registadas, 391 tinham mais de 80 anos, 125 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 58 entre os 60 e os 69 anos, 18 entre os 50 e os 59 anos e sete óbitos entre os 40 aos 49 anos.

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A região Norte continua a registar o maior número de infeções, totalizando 10.751, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo, com 4.102 casos, da região Centro (2.629), do Algarve (295) e do Alentejo, que hoje apresenta 155 casos.

Nos Açores, existem 100 casos confirmados e na Madeira 59, mantendo o número de casos reportados nos últimos dias.

Os dados da DGS precisam que o Porto é o concelho que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2, com 980 casos, seguido de Lisboa (962), Vila Nova de Gaia (923), Matosinhos (798), Gondomar (738), Braga (692), Maia (672), Valongo (529), Ovar (455) e Sintra (421).

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 50 aos 59 anos (3.133), seguida dos 40 aos 49 anos (3.124), dos mais de 80 anos (2.741), dos 30 aos 39 anos (2.506) e dos 60 aos 69 anos (2.242). Os dados indicam também que há 1.673 casos de pessoas com idades entre os 70 e os 79 anos.

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Há ainda 304 casos de crianças até aos nove anos, 470 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos e 1.898 nas idades entre os 20 e os 29 anos.

Segundo o boletim da DGS, 54% dos doentes positivos para o novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 40% febre, 28% dores musculares, 25% cefaleia, 23% fraqueza generalizada e 16% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 82% dos casos confirmados.

De acordo com os dados do boletim da DGS, 170 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 125 de França, 81 do Reino Unido, 45 da Suíça, 46 dos Emirados Árabes Unidos, 29 de Itália, 32 de Andorra, 27 do Brasil, 22 dos EUA, 19 dos Países Baixos, 15 da Austrália, 18 da Argentina, 10 da Bélgica, dez da Alemanha, oito da Áustria, seis do Canadá e quatro da Índia, quatro do Egito e quatro de Cabo Verde.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

O boletim dá ainda conta de três casos importados na Guatemala, Israel, Irlanda e Tailândia. Há também dois casos importados do Chile, Cuba, Jamaica, Luxemburgo, Malta, México, Paquistão e Suécia. Foram ainda importados um caso da Alemanha e Áustria, outro da Alemanha e Irlanda e ainda um de Andorra e Espanha.

Há igualmente registo de um caso importado de países como África do Sul, Azerbaijão, Dinamarca, Indonésia, Irão, Japão, Maldivas, Marrocos, Noruega, Polónia, Qatar, República Checa, Singapura, Turquia, Ucrânia e Venezuela.

Veja em baixo o mapa interativo com os casos de coronavírus confirmados até agora

Se não conseguir ver o mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, siga para este link.

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Mais de dois milhões de infetados e quase 127 mil mortes

A pandemia da COVID-19 ultrapassou os dois milhões de infetados em todo o mundo, levando à morte de quase 127 mil pessoas, desde que a doença surgiu em dezembro na China. De acordo com os dados da agência de notícias francesa, a partir de dados oficiais, foram registadas 126.871 mortes e pelo menos 2.000.576 casos de infeção.

Os Estados Unidos, país em que a pandemia está a progredir rapidamente, lideram em número de mortos, com 26.033 óbitos em 609.240 casos. Entretanto o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que vai suspender a contribuição do país à Organização Mundial da Saúde (OMS), justificando a decisão com a "má gestão" da pandemia de COVID-19.

A decisão comunicada por Donald Trump tem sido amplamente criticada, inclusivamente pelo Governo português, que considera que não é altura de enfraquecer a OMS. Também hoje a União Europeia lamentou "profundamente" a decisão dos Estados Unidos, considerando que “não há razão que justifique” esta atitude, sobretudo no atual contexto da pandemia de COVID-19.

Segundo dados divulgados hoje, a China registou 46 casos nas últimas 24 horas, incluindo dez de contágio local, informou a Comissão de Saúde do país. Este número representa quase metade dos 89 casos diagnosticados na véspera, e menos de metade dos 108 novos casos detetados no domingo.

No entanto, o continente europeu continua a ser o mais afetado pela pandemia com 1.010.858 casos e 85.271 mortos. Espanha contabilizou, nas últimas 24 horas, 523 mortes devido ao novo coronavírus. No total, morreram 18.579 pessoas por COVID-19 neste país. O número de contágios aumentou 5.092, totalizando 177.633 desde o início da pandemia.

Mas é Itália o país mais afetado em solo europeu. Itália atingiu ontem as 21.067 mortes motivadas pelo novo coronavírus ao contabilizar 602 mortos nas últimas 24 horas, número que tem aumentado nos últimos três dias, ao mesmo tempo que regista um recuo no número de infetados e hospitalizados.

A Alemanha regista hoje 127.583 casos diagnosticados e 3.254 vítimas mortais e deverá decidir hoje o prolongamento das medidas de contenção do novo coronavírus, pelo menos até ao dia 3 de maio. O número de vítimas subiu 285 óbitos nas últimas 24 horas.

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