De acordo com o boletim diário da Direção-geral da Saúde (DGS), registaram-se até ao momento 448 casos confirmados de coronavírus em Portugal, 323 aguardam resultado laboratorial, 3 recuperados e 6852 em vigilância pelas autoridades.
Desde 1 de janeiro, já se registaram 4030 casos suspeitos, tendo 3259 sido infirmados. Existem atualmente 19 cadeias ativas em Portugal. Pelo menos 206 pessoas estão internadas, estando 17 em unidades de cuidados intensivos.
O Norte é a área mais afetada, com 196 casos. Na Grande Lisboa contabilizam-se 180 casos; 51 em Coimbra; 14 no Algarve; 6 no estrangeiro e 1 nos Açores.
Quanto às idades, o grupo etário com maior volume de infetados é o 40-49 anos, com 93 casos. Segue-se o grupo 30-39 anos, com 88 casos. Existem três crianças com menos de 10 anos infetadas. Pelo menos 17 doentes têm mais de 80 anos.
Portugal registou ontem a primeira morte por COVID-19, anunciou a ministra da Saúde, Marta Temido. Trata-se de um homem de 80 anos, com "várias patologias associadas" que estava internado há vários dias no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, disse na segunda-feira a ministra, que transmitiu as condolências à família e amigos.
O Governo português declarou na sexta-feira o estado de alerta no país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão, e suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas a partir de segunda-feira, impondo restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, na quarta-feira, a doença COVID-19 como pandemia, justificando tal denominação com os “níveis alarmantes de propagação e de inação”. O surto de COVID-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 7.000 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ronda as 175 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 141 países e territórios. Do total de infetados, mais de 75 mil recuperaram.
Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China. Vários países na Europa, como Itália, Noruega, Irlanda, Dinamarca, Lituânia, França e Alemanha, encerram total ou parcialmente escolas, universidades, jardins de infância e outras instituições de ensino.
Em Portugal, o primeiro-ministro, António Costa, comunicou na semana passada ao país o encerramento de todas as escolas para travar a proliferação do coronavírus, entre outras medidas. Também foi anunciado a suspensão de todos os voos de e para Itália. A Direção-Geral de Saúde também reforçou as recomendações à população.
Nos últimos dias, Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China e o Governo italiano decidiu há uma semana alargar a quarentena, imposta inicialmente no norte do país, a todo o território italiano.
Na quarta-feira, as autoridades italianas voltaram a decretar medidas de contenção adicionais e ordenaram o encerramento de todos os estabelecimentos comerciais à exceção dos de primeira necessidade, como supermercados ou farmácias.
Veja em baixo o mapa interativo com os casos de coronavírus confirmados até agora
Se não conseguir ver o mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, siga para este link.
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