
O intestino é essencial para o nosso bem-estar: participa na digestão, regula o metabolismo e contribui para o equilíbrio hormonal. Grande parte dessas funções é mediada pela microbiota intestinal — o conjunto de microrganismos que habitam o trato gastrointestinal.
Entre os vários fatores que afetam o equilíbrio e a diversidade da microbiota intestinal, a alimentação assume um papel central.
Os alimentos ricos em fibra são especialmente benéficos. Frutas, hortícolas, leguminosas, cereais integrais e frutos oleaginosos fornecem fibras solúveis e insolúveis que, além de promoverem o trânsito intestinal, servem de substrato para as bactérias benéficas do intestino, favorecendo um ambiente mais saudável.
Já os alimentos fermentados — como iogurtes, kefir, chucrute ou kombucha — são fontes de probióticos, microrganismos vivos que ajudam a reforçar a saúde intestinal. A hidratação também é essencial, sobretudo com o aumento da ingestão de fibra, para garantir o bom funcionamento intestinal.
Cuidar da saúde intestinal começa com pequenas escolhas diárias: incluir diferentes cores de vegetais no prato, substituir cereais refinados por versões integrais, variar o consumo de frutas e integrar leguminosas nas refeições.
Por outro lado, padrões alimentares ricos em açúcares adicionados, gorduras saturadas e sal têm sido associados à disbiose intestinal — um desequilíbrio da microbiota que pode aumentar a inflamação, alterar o trânsito intestinal e favorecer o aparecimento de várias doenças. Um intestino saudável começa à mesa — com escolhas simples, mas consistentes.
Um artigo da nutricionista Beatriz Vieira, coordenadora da Unidade de Nutrição Clínica do Hospital Lusíadas Amadora.
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