O equilíbrio da microbiota intestinal — o conjunto de triliões de bactérias e microrganismos que habitam o intestino — é essencial para a manutenção desse sistema e, por isso, a nutrição tem um impacto direto e profundo na saúde intestinal.

A microbiota intestinal é composta por microrganismos que auxiliam na digestão dos alimentos, produção de vitaminas e proteção contra agentes patogénicos. Um desequilíbrio nesse ecossistema, vulgarmente denominado disbiose, pode estar associado a várias doenças, como as doenças inflamatórias intestinais (DII) - Doença de Crohn e Colite Ulcerosa -, síndrome do intestino irritável, obesidade, diabetes e distúrbios mentais como depressão e ansiedade.

A Doença de Crohn e a Colite Ulcerosa são dois tipos de doenças inflamatórias intestinais crónicas, caracterizadas por inflamação prolongada no trato gastrointestinal. Ainda que ambas compartilhem algumas semelhanças, a Doença de Crohn pode afetar qualquer parte do sistema digestivo, enquanto a Colite Ulcerosa está, geralmente, confinada ao cólon e ao reto.

A Doença Inflamatória do Intestino (DII) pode causar uma variedade de sintomas, incluindo dor abdominal, diarreia crónica, perda de peso, fadiga e má absorção de nutrientes. Nos casos mais graves, a inflamação pode resultar em complicações como obstruções intestinais, úlceras e, em alguns casos, necessitar de cirurgia.

A nutrição desempenha um papel fundamental na gestão e prevenção dos sintomas das doenças inflamatórias intestinais. Adotar uma dieta personalizada, rica em nutrientes, com a inclusão de alimentos anti-inflamatórios, é crucial para manter o equilíbrio da microbiota intestinal e promover o bem-estar geral. A orientação por parte de profissionais de saúde, como médicos e nutricionistas, é essencial para um acompanhamento adequado e individualizado dessas condições.