Estes novos estudos - apesar de não apresentarem uma relação direta de causa-efeito - reforçam as conclusões de pesquisas precedentes que relacionam alimentos altamente processados com um maior risco de obesidade, hipertensão e até cancro.

Em relação ao cancro, essa associação foi feita pela primeira vez há quatro anos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

10 alimentos que aumentam o risco de cancro
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Os alimentos são considerados 'ultraprocessados' quando passam por processos de elaboração industrial e apresentam muitos ingredientes, incluindo aditivos.

Um alimento preparado sem aditivos, mesmo congelado, não faz parte deste grupo, mas a maioria dos pratos pré-prontos, refrigerantes, enchidos, sopas em pó, aperitivos e até vegetais conservados com aditivos são considerados "ultraprocessados".

Nesta categoria estão incluídos, entre outros, produtos como salsichas, presunto, carne enlatada, bacon e preparados ou molhos à base de carne.

Geralmente, os alimentos "ultraprocessados" são mais ricos em sal, gorduras saturadas e açúcar. Por outro lado, são pobres em vitaminas e fibras, segundo os investigadores.

Este tipo de alimento representa mais de metade do consumo em vários países ocidentais, segundo o francês INSERM (Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica).

Os dois estudos foram publicados no British Medical Journal (BMJ).