Portugal regista hoje 629 mortes associadas à COVID-19 e 18.841 infetados, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Relativamente aos dados de quarta-feira, há um aumento de 30 mortes e de 750 casos confirmados.
No total, há já 493 doentes recuperados, mais 110 que na quarta-feira.
O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de quarta-feira, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 355 óbitos, seguida da região Centro, com 146, da região de Lisboa e Vale do Tejo (115) e do Algarve (9). Há quatro mortes contabilizadas nos Açores. No Alentejo e na Madeira não há óbitos registados.
Em todo o território nacional, há 1.302 doentes internados, mais 102 do que na quarta-feira, e 229 em unidades de cuidados intensivos, mais 21 que ontem.
Pelo menos 3.910 pessoas aguardam resultado laboratorial e 26.065 estão em vigilância pelas autoridades. Desde 1 de janeiro registaram-se 154.727 casos suspeitos, sendo que 131.976 não se confirmaram.
A região Norte continua a registar o maior número de infeções, totalizando 11.237, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo, com 4.237 casos, da região Centro (2.756), do Algarve (300) e do Alentejo, que hoje apresenta 156 casos. Nos Açores, existem 102 casos confirmados e na Madeira 53.
A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 50 aos 59 anos (3.279), seguida dos 40 aos 49 anos (3.267), dos mais de 80 anos (2.837), dos 30 aos 39 anos (2.624) e dos 60 aos 69 anos (2.319). Os dados indicam também que há 1.715 casos de pessoas com idades entre os 70 e os 79 anos.
Há ainda 321 casos de crianças até aos nove anos, 485 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos e 1.994 nas idades entre os 20 e os 29 anos.
Os dados da DGS precisam que Lisboa é o concelho que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2, com 996 casos, seguida do Porto, com 988, Vila Nova de Gaia (956), Matosinhos (824), Gondomar (777), Braga (775), Maia (686), Valongo (552), Ovar (487) e Sintra (437).
Segundo o boletim da DGS, 56% dos doentes positivos para o novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 41% febre, 29% dores musculares, 25% cefaleia, 24% fraqueza generalizada e 17% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 82% dos casos confirmados.
De acordo com os dados do boletim da DGS, 170 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 127 de França, 81 do Reino Unido, 45 da Suíça, 46 dos Emirados Árabes Unidos, 29 de Itália, 32 de Andorra, 30 do Brasil, 23 dos EUA, 19 dos Países Baixos, 15 da Austrália, 18 da Argentina, 10 da Bélgica, dez da Alemanha, oito da Áustria, seis do Canadá e quatro da Índia, quatro do Egito e quatro de Cabo Verde.
O boletim dá ainda conta de três casos importados na Guatemala, Israel, Irlanda e Tailândia. Há também dois casos importados do Chile, Cuba, Jamaica, Luxemburgo, Malta, México, Paquistão e Suécia. Foram ainda importados um caso da Alemanha e Áustria, outro da Alemanha e Irlanda e ainda um de Andorra e Espanha.
Há igualmente registo de um caso importado de países como África do Sul, Azerbaijão, Dinamarca, Indonésia, Irão, Japão, Maldivas, Marrocos, Noruega, Polónia, Qatar, República Checa, Singapura, Turquia, Ucrânia e Venezuela.
Veja em baixo o mapa interativo com os casos de coronavírus confirmados até agora
Se não conseguir ver o mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, siga para este link.
A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.
OMS diz que restrições só se podem levantar se transmissão estiver controlada
Os países europeus devem garantir que a transmissão do novo coronavírus está controlada e que os locais de trabalho têm condições para distanciamento social antes de saírem do estado de emergência, defendeu hoje a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Estas são algumas condições que todos precisam de garantir antes de levantar restrições ao movimento das populações, afirmou hoje o diretor regional para a Europa, Hans Kluge, que avisou que “não há caminho rápido para voltar à normalidade”.
Em conferência de imprensa na sede regional da organização, em Copenhaga, Hans Kluge afirmou que se vivem tempos de “incerteza e complexidade”, em que será preciso “ajustar medidas rapidamente, introduzir e retirar restrições e levantá-las gradualmente”.
Presidente Marcelo propõe ao parlamento prolongar estado de emergência
O Presidente da República propôs hoje ao parlamento a segunda prorrogação do estado de emergência em Portugal, por novo período de 15 de quinze dias, até 02 de maio, para permitir medidas de contenção da COVID-19.
O chefe de Estado anunciou o envio desta proposta para o parlamento numa nota divulgada no portal da Presidência da República na Internet, após ter recebido parecer favorável do Governo.
"Depois de ouvido o Governo, que se pronunciou esta manhã favoravelmente, o Presidente da República enviou à Assembleia da República, para autorização desta, o projeto de diploma decretando a renovação do estado de emergência por 15 dias", lê-se na nota, que inclui em anexo a carta e o projeto de decreto enviados ao parlamento.
Mais de dois milhões de infetados e mais de 135 mil mortos
A pandemia do novo coronavírus matou 135.569 pessoas e infetou mais de dois milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.
De acordo com os dados recolhidos, 2.094.897 de casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em 193 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro passado, na China. Entre esses casos, pelo menos 520.946 são agora considerados curados.
Os Estados Unidos, que tiveram a sua primeira morte ligada ao coronavírus no final de fevereiro, são o país mais afetado em termos de mortes e de casos, com 28.326 mortes e 637 mil contágios.
Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são Itália, com 21.645 mortes, em 165.155 casos, a Espanha, com 19.130 óbitos (182.816 casos), a França, com 17.167 mortes (147.863 casos) e o Reino Unido, com 12.868 mortos (98.476 casos).
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