"A maior parte dos doentes está bastante estável [em termos psicológicos]. Pode existir uma ou outra situação mais grave, mas as pessoas também têm história psicológica ou psiquiátrica [no seu passado] e pode haver um agravamento. Os doentes estão tranquilos", referiu o diretor de serviço de psicologia do CHUSJ, Eduardo Carqueja.
O responsável falava aos jornalistas, esta manhã, para explicar que o CHUSJ criou uma equipa de nove psicólogos com experiência ou formação em situações de crise para acompanhar diariamente, via telefone, doentes infetados pelo novo coronavírus, bem como familiares.
Essa equipa faz parte de um serviço de psicologia que tem atualmente 28 psicólogos e que está a trabalhar em conjunto com o serviço de infecciologia, tendo sido criado um protocolo específico de intervenção psicológica dedicada ao surto de Covid-19, que já foi declarado como pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Eduardo Carqueja acrescentou que a equipa inclui psicólogos da área da pediatria, bem como da área de infecciologias.
O número de infetados ultrapassou as 131 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 112 casos confirmados.
O surto de COVID-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.600 mortos em todo o mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou pandemia na quarta-feira. O número de infetados ultrapassou as 125 mil pessoas, com casos registados em cerca de 120 países e territórios.
Portugal ordenou o encerramento de todas as escolas a partir de segunda-feira, bem como outras medidas. Esta semana já tinha sido anunciado a suspensão de todos os voos de e para Itália.
A DGS fez na quinta-feira novas recomendações à população.
Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto. Vários países na Europa, como Itália, Noruega, Irlanda, Dinamarca, Lituânia, França e Alemanha, encerram total ou parcialmente escolas, universidades, jardins-de-infância e outras instituições de ensino.
Nos últimos dias, Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China e o Governo em Roma decidiu na segunda-feira alargar a quarentena, imposta inicialmente no norte do país, a todo o território italiano.
Na quarta-feira, as autoridades italianas voltaram a decretar medidas de contenção adicionais e ordenaram o encerramento de todos os estabelecimentos comerciais à exceção dos de primeira necessidade, como supermercados ou farmácias.
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