Ser internamente livre é uma aquisição, por vezes, difícil de conseguir, exige em primeiro lugar que sejamos capazes de nos conhecer, de saber qual a direção que queremos seguir e como a queremos seguir. Quando nos conhecemos a nós próprios, somos mais capazes de, com confiança, avançar em liberdade.
A liberdade é essencial para nos sentirmos em equilíbrio, mas quantas vezes, não deixamos de tomar decisões, evitamos seguir direções ou evitamos mostrar o que sentimos, porque temos receio da forma como cada decisão ou ato nosso vai ser interpretado pelos outros e pela sociedade.
E, assim, acabamos por boicotar a nossa própria liberdade e acabamos por ficar presos aos papéis que acreditamos serem os expectáveis para nós. Nesta sequência, perdemos oportunidade de seguir a nossa essência e sermos verdadeiramente livres.
Assim, se dia 25 de Abril queremos comemorar não só a liberdade da nação, mas também a nossa liberdade interna é importante começarmos por:
1. Fazer escolhas
É essencial sermos capazes de estar ao comando do nosso dia a dia e de conscientemente conseguirmos escolher, sendo autênticos, alinhando as nossas escolhas com os nossos princípios e os nossos valores.
2. Não ter medo de fazer diferente
Queremos muitas vezes, adaptarmo-nos e, por isso, tonarmo-nos demasiado iguais aos outros, porque é uma opção mais segura. Por isso, sempre que sentir, seja diferente, sem medo.
3. Assumir as suas opiniões e crenças
Ao assumir de forma clara quais são as suas convicções, as suas crenças, será capaz de experienciar a liberdade de forma mais plena e autêntica.
4. Expressar as suas emoções
Coloque por palavras tudo aquilo que está a sentir. A nossa liberdade fica muitas vezes restrita quando falamos de emoções e, aí, achamos que chorar ou estar triste, por exemplo, é para fracos. Se queremos ser internamente livres, devemos ser capazes de expressar e aceitar aquilo que estamos a sentir, dando-lhe significado.
5. Aceitar as suas partes menos boas
Quando é capaz de aceder e de aceitar as suas partes menos boas, estará mais consciente das suas fragilidades, e por consequência mais livre.
No fundo, devemos sempre alinhar-nos connosco próprios para sermos livres. Quando conseguimos ser mais autênticos e saber quem somos, conseguimos posicionar-nos de forma mais livre perante nós e os outros.
Um artigo das psicólogas clínicas Sara Almeida e Cátia Lopo, da Escola do Sentir.
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