A 7 de novembro, celebra-se o Dia Internacional da Preguiça e, se por um lado com este dia se pretende assinalar a importância do descanso e de darmos espaço a nós próprios para não fazermos nada. Por outro lado, é essencial alertar para as falsas preguiças que se escondem no dia a dia de alguns de nós - desde os mais pequeninos aos mais crescidos.

Porque, muitas vezes, a preguiça esconde muito mais do que apenas preguiça por si só, esconde falta de objetivos e falta de motivação.

E esta ‘preguiça’ que se assola sobre os nossos dias e nos faz ficar apenas a ‘sobreviver’, sem agirmos de forma ativa e empreendedora sobre a nossa própria vida, acaba por contaminar o nosso bem-estar e gerar um círculo vicioso. Isto é, quanto menos fazemos por nós próprios, mais ‘preguiça’ sentimos e menos vontade temos de fazer diferente.

Por isso, apesar de dias de preguiça sem culpa, serem muito importantes para recuperarmos energia e nos revitalizarmos, sempre que os dias de preguiça se estendem e prolongam no tempo é essencial ficarmos atentos para percebermos: “Afinal porque é que o nossos corpo está a pedir que fiquemos apenas em ‘ponto morto’ para a vida?”

Podem ser vários os motivos e só com um olhar para o nosso interior e um certo autoconhecimento conseguimos desconstruir a nossa ‘preguiça’ e o porquê do nosso ‘ponto morto’. Mas, só após conseguirmos tomar consciência desse porquê, podemos agir de forma a contrariar a espiral de 'preguiça' em que nos encontramos.

Para a contrariar é ainda essencial definir objetivos, estabelecer metas e planificar, isto é, é essencial sabermos para onde queremos ir e como queremos lá chegar. E é assim, que tudo aquilo que, por vezes, em nós é inércia consegue transformar-se em energia e em ação. Nunca nos esquecendo que a 'preguiça' não deve servir de máscara às nossas dores, nem à nossa falta de orientação e caminho interno.

Um artigo das psicólogas clínicas Cátia Lopo e Sara Almeida da Escola do Sentir.