Todos nós à medida que crescemos e que passamos por fases diferentes da nossa vida acabamos, por vezes, por nos sentirmos perdidos sem direção, como se, de repente, nos sentíssemos a naufragar na nossa própria vida.
Esta sensação é muitas vezes angustiante, e é - quase sempre - limitadora das nossas conquistas, condicionando a forma como lidamos, no nosso dia a dia, com as exigências que nos são colocadas.
Ora, muitas vezes, esta sensação de naufrágio advém da falta de rumo de vida e da forma como estamos desalinhados com o nosso interior e daquilo que queremos para nós próprios.
Assim, se sente que lhe falta rumo de vida e sente que precisa de inverter este cenário, comece por:
- Identificar a origem da sua falta de rumo - será que esta sensação advém de questões mais profissionais e de não se sentir alinhado com a sua profissão, será que está mais relacionada com questões familiares ou sociais? Percebermos exatamente de onde vêm esta sensação, permite-nos agir de forma mais focada, garantindo mudanças mais eficazes.
- Definir objetivos para si - reflita acerca do que é verdadeiramente importante para si e defina objetivos concretos para atingir. Os objetivos funcionam como um guia que nos ajuda a balizar as nossas ações e a orientar o nosso caminho de forma clara e concreta.
- Analisar se se compara em excesso com os padrões da sociedade - muitas vezes, somos demasiado exigentes connosco próprios e acabamos por nos sentir a naufragar, porque estamos permanentemente a tentar atingir os objetivos definidos pela sociedade e não aqueles que realmente queremos. Por isso, opte por se comparar o menos possível e por se balizar mais pelo seu interior do que por tudo aquilo que a sociedade define como correto.
- Analisar se está a agir por paixão - quantas vezes não fazemos coisas apenas porque precisamos de segurança, estatuto ou dinheiro? Explore em que áreas da sua vida age verdadeiramente por paixão e em que áreas age por outros fatores externos e que não lhe permitem retirar a gratificação de que precisa no seu dia a dia. Depois desta análise, faça os esforços necessários para, cada vez mais, agir com base em tudo aquilo que o apaixona e alimenta por dentro.
Desta forma, ao refletir acerca de si próprio, das suas ações e do que o rodeia, torna-se capaz de orientar o seu dia a dia, de forma a, que cada vez fique mais próximo daquilo que é essencial para o seu interior e que lhe permita sentir que está ao leme da sua própria vida.
Um artigo das psicólogas clínicas Cátia Lopo e Sara Almeida, da Escola do Sentir.
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