O Eletroretinograma é um exame de diagnostico, não invasivo, muito útil em Oftalmologia, mas pouco conhecido dos pacientes. Apresenta-se sob a forma de gráfico tal como o ECG e muitos outros exames em Medicina.

Serve essencialmente para diagnosticar doenças da retina que na sua grande maioria originam perdas graves de visão e algumas das quais só possíveis de diagnosticar através deste exame.

Falamos das doenças heredo familiares da retina – as Distrofias Retinianas - a mais conhecida, a Retinopatia Pigmentar, também conhecida como cegueira noturna, mas existem muitas mais e com diferentes atingimentos na visão. Para além do diagnóstico, estes exames avaliam a evolução da doença, permitem a deteção dos familiares assintomáticos e o risco de transmissão aos descendentes.

É, muitas vezes, um exame crucial para esclarecer a razão de dificuldades de visão encontradas em bebés e crianças muito jovens.

É também um teste fundamental para pesquisa de sinais de toxicidade retiniana provocada por outras doenças (retinopatia ligada ao cancro); por alguns medicamentos (retinopatia por hormonoterapia em certos tipos de cancro da mama; o Plaquinol para doenças auto imunes) e outras condições clínicas.

Usado para diagnostico de baixa de visão inexplicada, muitas vezes devida a déficites nutricionais e vitamínicos (Vit A, B, D) e outras.

É também muito útil também na retinopatia diabética e nas doenças vasculares da retina.

Um aertigo da médica Ivone Cravo, neuroftalmologista nas clínicas Alm Primum.