A nossa mente não gosta de mudanças e os últimos tempos têm levado a significativas transformações na nossa vida. Vivermos condicionados por medidas impostas a pensar no bem da saúde de todos nós. São compreensíveis e essenciais, mas qual o seu preço quando pensamos no equilíbrio emocional das pessoas?
As minhas alunas bem como quem me segue e acompanha sabem que costumo identificar como duende aquela parte de nós que é o nosso maior inimigo. Aquela parte de nós que nos bloqueia e sabota. A parte da nossa mente que não gosta de mudanças e nos bloqueia com crenças, medos e um pensamento negativo. Aquela voz que nos desmotiva ou nos demove de entrar em ação.
O pensamento negativo, focado nas coisas más ou menos boas, tem sido intensificado. Isso tem acontecido devido a tudo o que se tem vivido (ou se tem deixado de viver).
A maioria das pessoas que já se sentia emocionalmente instável, pessoas que sofriam de depressão ou de ansiedade, sentiram o seu estado a ser agravado. O consumo de psicofármacos disparou e a procura de ajuda também.
Como em tudo o que acontece, há sempre a dualidade na sua análise. Mesmo das coisas menos boas que acontecem temos de compreender que há aprendizagens e coisas boas que resultam até do que é mau. Uma das coisas positivas que os últimos tempos vieram a realçar é a importância de cuidarmos do nosso interior.
A população no geral e as mulheres em especial vão com regularidade ao cabeleireiro, vão à esteticista e à manicure, compram perfumes, maquilhagem, bem como, roupa e acessórios de moda dos quais não necessitam. Todos estes “investimentos” têm como objetivo comum cuidar da nossa imagem exterior. Estes tempos desafiantes de pandemia e COVID-19 vieram mostrar o quanto é importante cuidarmos do nosso interior.
Warren Buffett, um dos maiores investidores de sempre, costuma dizer que o melhor investimento que podemos fazer é o investimento no nosso desenvolvimento pessoal. O último ano mostrou-nos o quanto esta frase é verdadeira. Aprendermos a gerir as nossas emoções, assumirmos o comando da nossa vida, focarmos a nossa mente nos pensamentos positivos e sermos gratos.
Estas são algumas das competências que devem ser desenvolvidas para criarmos a vida feliz e abundante que todos desejamos.
A pandemia também mostrou como estando online podemos melhorar o nosso desenvolvimento pessoal.
Seja em soluções individuais de consultas ou mentorias ou em programas coletivos nos quais, em comunidade, onde todos os participantes têm motivações comuns (serem mais felizes, sorrirem mais, acordarem com mais força, despertarem o seu poder interior, voltar a ter um brilho no olhar e voltar a dormir e a viver com serenidade e harmonia) se desenvolvem descobertas extraordinárias.
A capacidade que todos os seres humanos têm para melhorarem as suas relações, aumentarem a sua confiança em si e nos outros, voltarem a sentir alegria pela vida e, essencialmente, aprenderem a criar a vida feliz e abundante que desejam.
É possível. É real. Todos podemos criar e viver uma vida preenchida de felicidade e abundância.
Tomar a decisão de transformar a nossa vida depende de cada um de nós. A pergunta que deve ser efetuada: é mais importante cuidar da nossa imagem ou recuperar a nossa alegria de viver e brilhar no olhar quando sorrimos?
Um artigo de Márcia Melo, Psicóloga e Coach.
Comentários