Ter os triglicéridos altos, devido a causas hereditárias, a um estilo de vida desregrado ou uma combinação desses dois fatores, como muitas vezes sucede, contribui para o aumento do risco de vir a desenvolver doenças cardiovasculares. As pessoas com diabetes tipo 2, obesidade e/ou síndrome metabólica apresentam, com frequência, valores de hipertrigliceridemia elevados e o sedentarismo, uma alimentação desequilibrada e o consumo de álcool tendem, com o tempo, a agravar o problema.
"Certas doenças, como a gota, o lúpus eritematoso sistémico, o hipotiroidismo e a doença renal, por exemplo, estão também relacionadas com níveis desajustados, tal como também sucede com a gravidez nas mulheres, em especial depois do terceiro trimestre. Assim como determinadas classes de medicamentos. Os corticosteroides e alguns tipos de diuréticos podem aumentar os seus níveis", alerta ainda um artigo do Diabetes 365º, um projeto informativo multiplataforma que pretende auxiliar os diabéticos lusos.
1. Moderar o consumo de álcool
É uma das primeiras recomendações dos médicos. A Direção-Geral da Saúde não aconselha um consumo superior a duas bebidas alcoólicas por dia. Algumas pessoas são particularmente suscetíveis ao álcool, pelo que mesmo a ingestão de pequenas doses pode aumentar significativamente os valores. Apesar de a reposta poder variar de indivíduo para indivíduo, alguns estudos apontam para uma redução até 80 % dos níveis plasmáticos em pessoas com níveis altos e/ou com uma dieta rica em triglicéridos.
2. Atingir e manter o peso ideal
A obesidade é inimiga da diabetes, pelo que é fundamental procurar atingir e manter uma pesagem próxima da dos valores ideais, moderando a alimentação. A diminuição do peso melhora a sensibilidade do corpo à insulina e reduz os níveis de triglicéridos. "Aconselha-se um índice de massa corporal igual ou superior a 18,5 mas inferior a 25. No que se refere ao perímetro da cintura, no homem recomenda-se que seja inferior a 94 centímetros e, na mulher, inferior a 80 centímetros", esclarece ainda o Diabetes 365º.
3. Praticar exercício com regularidade
Pelos seus benefícios ao nível do metabolismo e da saúde, um aumento da atividade física é uma medida essencial para a redução dos níveis de triglicéridos, visto ter um efeito nos valores plasmáticos, ainda mais pronunciado do que a redução de peso. "Estima-se que o exercício físico aeróbico, andar, correr, pedalar e nadar, permita uma diminuição dos níveis de triglicéridos entre 10% a 20 %. Procure tentar fazer entre 30 a 60 minutos de desporto, quatro a sete dias por semana", aconselha o Diabetes 365º.
4. Escolher melhor o que come
O principal princípio que deverá aplicar na sua dieta é o da redução do número total de calorias que consome. Para além disso, deverá também diminuir o consumo total de hidratos de carbono. "O consumo habitual de quantidades significativas de frutose, o açúcar presente nas frutas, contribui para valores de triglicéridos altos, em particular em pessoas com níveis muito altos ou com obesidade abdominal", adverte ainda o Diabetes 365º. As gorduras saturadas dos óleos, a carne vermelha, natas e doces são de excluir.
5. Seguir as recomendações dos médicos
Segundo a Direção-Geral da Saúde, o uso de medicamentos para reduzir os níveis de triglicéridos só deverá ser tido em conta se estivermos perante um risco cardiovascular particularmente alto. "No que se refere às terapêuticas disponíveis, as estatinas são a primeira opção a ser considerada. Trata-se de uma classe de fármacos que permite a redução do colesterol LDL, o chamado mau colesterol, e, consequentemente, diminuir esse risco, para além de baixar os níveis de triglicéridos", sublinha o Diabetes 365º.
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