Poucos vegetais têm uma aparência tão singular e atraente como este, dono de uma estrutura cónica e um padrão em espiral. Qualquer prato beneficia do toque de elegância que acrescenta. Além disso, o seu espeto curioso pode ajudar a convencer as crianças a comer legumes. A couve-romanesca possui um leve travo a noz, mas é de tal forma suave que facilmente se modifica com temperos e molhos. O método culinário de confeção que melhor preserva a sua autenticidade nutricional é o cozimento a vapor.

Ainda assim, este vegetal, relativamente desconhecido dos portugueses, pode ser cozido em água. Numa panela normal, o processo demora cerca de 20 minutos. Numa de pressão, consegue-o em 10 minutos. A couve-romanesca é ideal para fazer sopas e purés, tal como para servir de elemento crocante num prato monótono. A ingestão regular deste alimento fornece quantidades apreciáveis de potássio, de ácido fólico, de fibra e carotenoides e níveis elevados das vitaminas B1, B2, C e K.

A quantidade de nutrientes recomendados que contém faz com que tenha uma ação antioxidante, protegendo dos radicais livres que aceleram o processo de envelhecimento. Para além dessa, tem também uma reconhecida ação anticancerígena. A sua capacidade de neutralizar os ácidos do estômago também tem sido reconhecida por muitos especialistas. O inverno e a primavera são as estações do ano em que mais facilmente encontramos à venda as couves-romanescas mais viçosas.

É também nestas estações que elas tendem a ser saborosas. A couve-romanesca deve ser cultivada entre maio e agosto, com a cabeça a descoberto, para que os seus exemplares possam ganhar a cor verde com um tom fluorescente que lhes é característica. Aqueles que tiverem as cabeças mais firmes e que não mostrarem sinais de descoloração são os que deve privilegiar. Conserve as couves-romanescas dentro de um saco fechado, no frigorífico ou no congelador, depois da compra.