"Tendo em conta as preocupações crescentes em matérias de saúde ligadas ao vírus [novo coronavírus], a direção do FMI e do Banco Mundial, bem como os seus Conselhos de Administração, concordaram em colocar em operação um plano conjunto para adaptar as reuniões de primavera de 2020 (...) a um formato virtual", disseram os líderes das duas instituições, citados em comunicado.

Kristalina Georgieva, diretora-geral do FMI, e David Malpass, presidente do Banco Mundial, sublinharam estar "profundamente preocupados pela evolução da situação do coronavírus e a tragédia humana que o rodeia".

"O nosso objetivo é de servir eficazmente os nossos membros, garantindo ao máximo a saúde e a segurança dos participantes e do pessoal das renuniões de primavera", comentaram igualmente os responsáveis.

Durante as reuniões de abril, o FMI e o Banco Mundial publicam e apresentam as suas previsões atualizadas de crescimento da economia mundial.

Às reuniões acorrem delegações dos países membros das instituições, economistas e jornalistas, entre outros, que participam em numerosas conferências de imprensa, seminários e debates sobre vários temas.

À margem dessas reuniões ocorre também a reunião do G20.

"Permanecemos plenamente determinados a manter um diálogo produtivo entre as partes participantes e tiraremos pleno partido das nossas capacidades de conexão informática e virtual para ter as consultas políticas essenciais entre os membros", assinalaram também os responsáveis.

Kristalina Georgieva e David Malpass assinalam que ainda que num formato adaptado, "os países membros estarão em condições de se envolver eficazmente nas questões económicas mundiais urgentes aquando das reuniões de primavera".

Para além dos encontros de primavera, as instituições têm também reuniões de outono, que se realizam em outubro.

O surto de Covid-19, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.100 mortos e infetou mais de 90.300 pessoas em cerca de 70 países e territórios, incluindo quatro em Portugal.

Das pessoas infetadas, cerca de 48 mil recuperaram, segundo autoridades de saúde de vários países.

Além de 2.943 mortos na China, onde o surto foi detetado em dezembro, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América, San Marino e Filipinas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional de risco “muito elevado”.