Desde o início da pandemia, Portugal registou 1.520 mortes associadas à COVID-19 e 37.036 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Em relação a ontem, registaram-se mais três óbitos (aumento de 0,2%), 346 infetados (aumento de 0,9%) e 183 recuperados.

Lisboa e Vale do Tejo (LVT) continua a ser a região com mais novos episódios de infeção pelo novo coronavírus, com 300 dos 346 novos casos, ou seja, 86,7%.

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relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de domingo, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 813 óbitos, seguida de Lisboa e Vale do Tejo (429), Centro (246) e Algarve (15). Pelo menos duas mortes foram registadas no Alentejo. Há 15 mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 431 doentes internados, mais 19 do que no domingo, e 73 em unidades de cuidados intensivos, o mesmo que ontem.

Pelo menos 1.241 pessoas aguardam resultado laboratorial e 30.703 estão em vigilância pelas autoridades. Desde 1 de janeiro registaram-se 351.057 casos suspeitos, sendo que 312.780 não se confirmaram.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Das mortes registadas no documento de hoje disponibilizado pela DGS, 1.023 tinham mais de 80 anos, 292 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 136 entre os 60 e 69 anos, 49 entre 50 e 59, 17 entre os 40 os 49, um entre os 30 e os 39 anos e dois entre os 20 e os 29 anos.

A região Norte continua a registar o maior número de infeções, com 17.097 casos, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (15.128), da região Centro (3.892), do Algarve (399) e do Alentejo (287). Nos Açores, existem 143 casos confirmados e na Madeira 90.

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Os dados da DGS precisam que o concelho de Lisboa é o que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus, com 2.880 casos, Sintra (1.934), seguido de Vila Nova de Gaia (1.600), Porto (1.414), Loures (1.447), Matosinhos (1292), Braga (1.256), Amadora (1253), Gondomar (1.093), Maia (950), Odivelas (786), Valongo (762), Guimarães (725), Cascais (724), Ovar (676) Coimbra (605).

A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 40 aos 49 anos (6.214), seguida da faixa dos 50 aos 59 anos (5.995), e das pessoas com mais de 80 anos, em que há 4.792 casos.

Há 5.804 doentes com idades entre 30 e 39 anos, 5.214 entre os 20 e os 29 anos, 3.915 entre os 60 e 69 anos e 2.796 com idades entre 70 e 79 anos.

A DGS regista ainda 928 casos de crianças até aos nove anos e 1.353 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.

De acordo com o boletim, 38% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 29% febre, 21% dores musculares, 20% cefaleia, 15% fraqueza generalizada e 11% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 91% dos casos confirmados.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde, 177 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 137 de França, 88 do Reino Unido, 48 dos Emirados Árabes Unidos, 45 da Suíça, 32 de Andorra, 30 do Brasil, 29 de Itália, 24 dos Estados Unidos, 19 dos Países Baixos, 18 da Argentina, 15 da Austrália, 13 da Alemanha e também 10 na Bélgica.

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O boletim dá ainda conta de oito casos da Áustria, seis do Canadá e quatro de Cabo Verde, quatro do Egito, quatro da Índia e também quatro da Indonésia.

Há ainda três casos importados de Angola, Guatemala, Israel, Irlanda e Tailândia. Há dois casos importados da África do Sul, Chile, Cuba, Jamaica, Luxemburgo, Malta, México, Paquistão e Suécia.

Foram importados um caso da Alemanha e Áustria, outro da Alemanha e Irlanda e ainda um de Andorra e Espanha. Há igualmente registo de um caso importado de países como Arábia Saudita, Azerbaijão, China, Dinamarca, Irão, Japão, Maldivas, Marrocos, Noruega, Polónia, Qatar, República Checa, Singapura, Turquia, Ucrânia e Venezuela.

Imagem do relatório da DGS
Imagem do relatório da DGS

Veja o mapa de risco de ser infetado em Portugal

Um mapa desenvolvido pelo CERENA do Instituto Superior Técnico

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Mais de 433 mil mortos

A pandemia do novo coronavírus já causou a morte a pelo menos 433.493 pessoas e infetou quase oito milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais.

De acordo com os dados recolhidos pela agência de notícias francesa até às 12:00 de Lisboa, já morreram pelo menos 433.493 pessoas e há mais de 7.928.590 infetados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro de 2019 na cidade chinesa de Wuhan. Pelo menos 3.574.300 casos foram considerados curados pelas autoridades de saúde.

Contudo, a AFP adverte que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que alguns países estão a testar apenas casos graves, e outros usam o teste como uma prioridade para rastreamento, e muitos países pobres têm apenas capacidade limitada de rastreamento.

Os Estados Unidos, que registaram a primeira morte ligada ao coronavírus no início de fevereiro, são o país mais afetado em termos de número de mortes e casos, com 115.732 e 2.094.069 casos, respetivamente. Pelo menos 561.816 pessoas foram declaradas curadas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil, com 43.332 mortes e 867.624 casos, Reino Unido com 41.698 mortes (295.889 casos), Itália com 34.345 mortes (236.989 casos) e França com 29.407 mortes (194.023 casos).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) contabilizou oficialmente um total de 83.181 casos (49 novos entre domingo e hoje), incluindo 4.634 mortes (nenhuma nova) e 78.370 curados. A Europa totalizou 187.925 mortes para 2.411.653 casos, Estados Unidos e Canadá 123.928 mortes (2.192.802 casos), América Latina e Caraíbas 79.777 mortes (1.654.461 casos), a Ásia 23.361 mortes (855.373 casos), Médio Oriente 11.848 mortes (561.067 casos), África 6.523 mortes (244.532 casos) e Oceânia 131 mortes (8.710 casos).

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