Desde o início da epidemia, Portugal registou 1.023 mortes associadas à COVID-19 e 25.190 casos de infeção, menos 161 que ontem, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Relativamente aos dados de sexta-feira, há um aumento de 16 mortos.
Na conferência de imprensa diária sobre a COVID-19, a ministra da Saúde explicou que desde o dia 25 de abril foram detetados 422 casos duplicados, o que justifica que hoje se registe um número de casos inferior ao que tinha sido anunciado na sexta-feira. A ministra disse que o número de casos a considerar na sexta-feira é 24.987, sendo que para sábado houve um acréscimo de 203 novos casos.
Segundo o boletim divulgado hoje, existem agora 1.671 casos de recuperação em Portugal, mais 24 que ontem.
O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de sexta-feira, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 585 óbitos, seguida do Centro (206), Lisboa e Vale do Tejo (205) e Algarve (13). Pelo menos uma morte foi registada no Alentejo. Há 13 mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.
Em todo o território nacional, há 855 doentes internados, menos 37 do que na sexta-feira, e 150 em unidades de cuidados intensivos, menos quatro que ontem.
Pelo menos 3.761 pessoas aguardam resultado laboratorial e 27.895 estão em vigilância pelas autoridades. Desde 1 de janeiro registaram-se 252.728 casos suspeitos, sendo que 223.777 não se confirmaram.
A região Norte continua a registar o maior número de infeções, com 14.951 casos, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (6.047), da região Centro (3.426), do Algarve (331) e do Alentejo (218). Nos Açores, existem 131 casos confirmados e na Madeira 86.
Os dados da DGS precisam que o concelho de Lisboa é o que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus, com 1.567 casos, seguido de Vila Nova de Gaia (1.413), Porto (1.247), Matosinhos (1.149), Braga (1.086), Gondomar (1.012), Maia (871), Valongo (729), Sintra (604), Ovar (566) e Coimbra (416).
A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 50 aos 59 anos (4.269), seguida da faixa é a dos 40 aos 49 anos (4.222), e das pessoas com mais de 80 anos, em que há 3.960 casos.
Há ainda 3.537 doentes com idades entre 30 e 39 anos, 2.909 entre os 60 e 69 anos, 2.920 entre os 20 e os 29 anos e 2.207 com idades entre 70 e 79 anos.
A DGS regista 411 casos de crianças até aos nove anos e 755 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.
De acordo com o boletim divulgado este sábado, 44% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 31% febre, 22% dores musculares, 20% cefaleia, 16% fraqueza generalizada e 13% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 87% dos casos confirmados.
Segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde, 171 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 137 de França, 88 do Reino Unido, 48 dos Emirados Árabes Unidos, 45 da Suíça, 32 de Andorra, 30 do Brasil, 29 de Itália, 24 dos Estados Unidos, 19 dos Países Baixos, 18 da Argentina, 15 da Austrália, 10 da Alemanha e também 10 na Bélgica.
O boletim dá ainda conta de oito casos da Áustria, seis do Canadá e quatro de Cabo Verde, quatro do Egito e quatro da Índia.
Há ainda três casos importados da Guatemala, Israel, Irlanda e Tailândia. Há dois casos importados da África do Sul, Chile, Cuba, Jamaica, Luxemburgo, Malta, México, Paquistão e Suécia.
Foram importados um caso da Alemanha e Áustria, outro da Alemanha e Irlanda e ainda um de Andorra e Espanha. Há igualmente registo de um caso importado de países como Azerbaijão, China, Dinamarca, Indonésia, Irão, Japão, Maldivas, Marrocos, Noruega, Polónia, Qatar, República Checa, Singapura, Turquia, Ucrânia e Venezuela.
O decreto presidencial que prolonga até hoje o estado de emergência iniciado em 19 de março prevê a possibilidade de uma "abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais".
Veja o mapa de risco de ser infetado em Portugal
Um mapa desenvolvido pelo CERENA do Instituto Superior Técnico
A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Mais de 1,5 milhões de casos diagnosticados na Europa
Mais de um milhão e meio de casos de contaminação pelo novo coronavírus foram oficialmente diagnosticados na Europa, um pouco menos da metade do total mundial, de acordo com uma contagem feita, às 08:50 TMG, pela France-Presse (AFP).
Com pelo menos 1.506.853 de casos e 140.260 mortes, a Europa é o continente mais afetado pela pandemia da COVID-19.
A nível mundial, o total de registos de infetados foi de 3.354.100 casos e o total de mortes cifrou-se em 238.810, de acordo com a agência de notícias francesa.
Espanha, com 215.216 casos e 24.824 mortes, Itália, com 207.428 e 28.236 mortes, Reino Unido, com 177.454 casos e 27.510, França, com 167.346 casos e 24.594 mortes, e Alemanha, com 161.703 casos e 6.575 mortes, são os cinco países que contam oficialmente com mais de 150.000 casos no seu território.
Já a Rússia, com 124.054 e 1.222 mortes, é o país que regista atualmente maior número de casos por dia.
Todavia, o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do número real de infeções, já que muitos países neste momento testam apenas os casos que requerem tratamento hospitalar.
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