Portugal regista esta quarta-feira mais 34.023 casos de COVID-19 e 52 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde março de 2020, morreram 20.354 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 2.997.770 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 27.261 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 2.370.709 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região Norte é a área do país com mais novas notificações, num total de 34,9% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 8.527 (+17), seguida do Norte com 6.190 óbitos (+15), Centro (3.594, +15) e Alentejo (1.141, +1). Pelo menos 657 (+1) mortos foram registados no Algarve. Há 173 mortes (+1) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 72 (+2) óbitos associados à doença.

Internamentos sobem

Em todo o território nacional, há 2.435 doentes internados, mais 16 face ao valor de ontem, e 163 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos oito face ao dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 606.707 casos ativos da infeção em Portugal — mais 6.710 do que ontem — e 646.368 pessoas em vigilância pelas autoridades — menos 9.152 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
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A região do Norte é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 1.156.683 (+11.888), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (1.069.700 +9.918), da região Centro (438.304 +6.821), do Algarve (117.411 +1.951) e do Alentejo (102.182 +1.713).

Nos Açores existem 44.337 casos contabilizados (+1.142) e na Madeira 69.153 (+590).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência superior a 6.562,1 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - menos do que os 6.901,0 casos de segunda-feira - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 0,92, inferior aos 0,97 desse dia. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 0,92. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 13.183 (+38) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.409, +7), entre 60 e 69 anos (1.869 1.865, +4) entre 50 e 59 anos (603, +2), 40 e 49 anos (212, +1) e entre 30 e 39 anos (54, =). Há ainda 18 mortes registadas (=) entre os 20 e os 29 anos, três (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 10.706 são do sexo masculino e 9.648 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 524.387 infeções (+5.532), seguida da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 477.411 (+5.440), e da faixa etária dos 20 aos 29 anos com, 463.254 (+4.929). Logo depois, surge a faixa etária entre os 10 e os 19 anos, com 394.511 reportadas (+5.994). A faixa etária entre os 50 e os 59 anos tem 362.190 (+3.166), entre os 0-9 anos soma 309.707 (+4.296) e a dos 60 e os 69 anos tem 219.978 (+2.074) infeções reportadas desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 70 aos 79 anos, que totaliza infeções 129.091 (+1.424) e dos 80 ou mais anos, com 117.241 casos (+1.168).

Desde o início da pandemia, houve 1.400.325 homens infetados e 1.594.748 mulheres, sendo que se desconhece o género de 2.697 pessoas.

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Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Casos de COVID-19 baixam em todo o mundo, mas sobem as mortes

Os casos de COVID-19 notificados no mundo caíram 17% durante a última semana em relação à anterior, mas as mortes mostraram uma tendência oposta e aumentaram 7%, segundo o relatório epidemiológico da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em termos absolutos, foram registadas quase 68 mil mortes relacionadas com a covid-19, o que elevou o número total de casos desde o início da pandemia — no início de 2020 — para 5,7 milhões.

Os novos casos confirmados de infeção por SARS-CoV-2 foram de 19 milhões na última semana e o total acumulado global é agora de 392 milhões de pessoas positivas. O número real de pessoas infetadas é maior se for tido em conta que nem todas as pessoas que tiveram a doença foram testadas.

As regiões do Mediterrâneo Oriental (incluindo o Oriente Médio) e das Américas foram as que registaram o crescimento mais significativo de novos casos (36% em ambos os casos), enquanto a Europa registou o menor aumento (7%).

Em termos de mortes, a região do Sudeste Asiático (incluindo a Índia) foi onde mais aumentaram (até 67%), enquanto na Europa e nas Américas permaneceram estáveis e em África baixaram (-14%).

O maior número de mortes foi registado nos Estados Unidos, apesar de terem sido 15% menos do que na semana anterior, seguidos pela Índia (mais 69%), a Rússia, onde a taxa se manteve estável, o Brasil, com aumento de 39%, e o México (48%).

De acordo com a análise epidemiológica da OMS, todas as variantes do coronavírus que eram conhecidas antes da Ómicron mostram um forte declínio. A Ómicron já representa 96,7% de todas as sequências genéticas de coronavírus do último mês.

Os especialistas da OMS observaram que, embora a prevalência da variante Ómicron continue a aumentar globalmente e esteja presente em quase todo o mundo, vários dos países onde foi detetada em estado inicial estão agora a reportar uma redução no número total de novos casos de covid-19.

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