Segundo uma orientação da DGS publicada hoje no ‘site’ da autoridade de saúde nacional, recomenda-se que, além do respeito pelas regras de etiqueta respiratória e medidas sanitárias, os estabelecimentos de atendimento ao público devem elaborar o seu plano de contingência para a pandemia e pôr em marcha medidas que assegurem a distância entre pessoas nas instalações.
Entre as medidas sugeridas estão a redução para 1/3 da capacidade dos locais de espera dos estabelecimentos, a garantia de que o atendimento em balcão se faz, pelo menos, a um metro de distância, e a implementação de sinalização, através de marcas e sinalética no chão.
A DGS sugere ainda que sejam criadas barreiras físicas entre os colaboradores e os utentes, por forma a evitar "uma aproximação excessiva entre os indivíduos", e que o contacto direto seja reduzido ao mínimo possível.
No que diz respeito às regras de limpeza e higienização, a DGS preconiza a desinfeção de, pelo menos uma vez por dia, de todas as zonas, e a todas as horas dos equipamentos críticos, como os dispensadores de senhas ou os terminais multibanco. A estas medidas, acrescenta ainda, deverá juntar-se a colocação de solução antissética de base alcoólica em locais estratégicos.
A DGS reitera ainda através desta norma que os estabelecimentos "devem ser proativos" na identificação de casos de atendimento prioritário, como idosos, grávidas e crianças menores de dois anos, lembrando que "são as pessoas mais afetadas pela Covid-19" e que por isso os estabelecimentos "devem ter um papel ativo na sua proteção".
Portugal registou ontem a primeira morte por COVID-19, anunciou a ministra da Saúde, Marta Temido. Trata-se de um homem de 80 anos, com "várias patologias associadas" que estava internado há vários dias no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Há pelo menos 448 pessoas infetadas em Portugal, segundo o boletim diário de ontem da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O Governo português declarou na sexta-feira o estado de alerta no país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão, e suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas a partir de segunda-feira, impondo restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, na quarta-feira, a doença COVID-19 como pandemia, justificando tal denominação com os “níveis alarmantes de propagação e de inação”. O surto de COVID-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 7.000 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ronda as 175 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 141 países e territórios. Do total de infetados, mais de 75 mil recuperaram.
Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China. Vários países na Europa, como Itália, Noruega, Irlanda, Dinamarca, Lituânia, França e Alemanha, encerram total ou parcialmente escolas, universidades, jardins de infância e outras instituições de ensino.
Em Portugal, o primeiro-ministro, António Costa, comunicou na semana passada ao país o encerramento de todas as escolas para travar a proliferação do coronavírus, entre outras medidas. Também foi anunciado a suspensão de todos os voos de e para Itália. A Direção-Geral de Saúde também reforçou as recomendações à população.
Nos últimos dias, Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China e o Governo italiano decidiu há uma semana alargar a quarentena, imposta inicialmente no norte do país, a todo o território italiano.
Na quarta-feira, as autoridades italianas voltaram a decretar medidas de contenção adicionais e ordenaram o encerramento de todos os estabelecimentos comerciais à exceção dos de primeira necessidade, como supermercados ou farmácias.
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