Desde o início da pandemia, Portugal registou 1.126 mortes associadas à COVID-19 e 27.406 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Relativamente aos dados de sexta-feira, há um aumento de 12 mortes (crescimento percentual de 1,07%) e de 138 infetados (crescimento percentual de 0,5%).

A0 todo existem 2.499 casos de recuperação, mais 77 que ontem.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de sexta-feira, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 645 óbitos, seguida de Lisboa e Vale do Tejo (238), Centro (215) e Algarve (13). Pelo menos uma morte foi registada no Alentejo. Há 14 mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 815 doentes internados, menos 27 do que na sexta-feira, e 120 em unidades de cuidados intensivos, menos sete que ontem.

Pelo menos 2.955 pessoas aguardam resultado laboratorial e 26.667 estão em vigilância pelas autoridades. Desde 1 de janeiro registaram-se 272.443 casos suspeitos, sendo que 242.082 não se confirmaram.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Das mortes registadas no boletim de hoje, 755 tinham mais de 80 anos, 226 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 97 entre os 60 e 69 anos, 36 entre 50 e 59, 11 entre os 40 os 49 e um homem entre os 20 e os 29 anos.

A região Norte continua a registar o maior número de infeções, com 15.854 casos, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (7.166), da região Centro (3.581), do Algarve (345) e do Alentejo (235). Nos Açores, existem 135 casos confirmados e na Madeira 90.

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Os dados da DGS precisam que o concelho de Lisboa é o que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus, com 1.724 casos ,seguido de Vila Nova de Gaia (1.448), Porto (1.300), Matosinhos (1.197), Braga (1.149), Gondomar (1.048), Maia (908), Sintra (745), Valongo (737), Ovar (614) e Coimbra (558).

A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 50 aos 59 anos (4.621), seguida da faixa é a dos 40 aos 49 anos (4.614), e das pessoas com mais de 80 anos, em que há 4.185 casos.

Há 3.952 doentes com idades entre 30 e 39 anos, 3.282 entre os 20 e os 29 anos, 3.117 entre os 60 e 69 anos e 2.339 com idades entre 70 e 79 anos.

A DGS regista ainda 465 casos de crianças até aos nove anos e 832 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.

De acordo com o boletim divulgado este sábado, 42% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 30% febre, 21% dores musculares, 20% cefaleia, 16% fraqueza generalizada e 12% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 89% dos casos confirmados.

Imagem do boletim da DGS
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Segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde, 177 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 137 de França, 88 do Reino Unido, 48 dos Emirados Árabes Unidos, 45 da Suíça, 32 de Andorra, 30 do Brasil, 29 de Itália, 24 dos Estados Unidos, 19 dos Países Baixos, 18 da Argentina, 15 da Austrália, 13 da Alemanha e também 10 na Bélgica.

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O boletim dá ainda conta de oito casos da Áustria, seis do Canadá e quatro de Cabo Verde, quatro do Egito, quatro da Índia e quatro da Indonésia.

Há ainda três casos importados da Guatemala, Israel, Irlanda e Tailândia. Há dois casos importados da África do Sul, Chile, Cuba, Jamaica, Luxemburgo, Malta, México, Paquistão e Suécia.

Foram importados um caso da Alemanha e Áustria, outro da Alemanha e Irlanda e ainda um de Andorra e Espanha. Há igualmente registo de um caso importado de países como Arábia Saudita, Azerbaijão, China, Dinamarca, Irão, Japão, Maldivas, Marrocos, Noruega, Polónia, Qatar, República Checa, Singapura, Turquia, Ucrânia e Venezuela.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Portugal entrou às 00:00 de domingo em situação de calamidade, depois de ter estado em três períodos consecutivos em estado de emergência que vigoraram desde 18 de março.

Com a situação de calamidade, vai vigorar um “dever cívico de recolhimento domiciliário” para a população em geral, independentemente da idade ou de uma pessoa apresentar fatores de risco, em vez do “dever geral de recolhimento” e do “dever especial de proteção” para determinados grupos, como acontecia no estado de emergência.

Veja o mapa de risco de ser infetado em Portugal

Um mapa desenvolvido pelo CERENA do Instituto Superior Técnico

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Vírus já matou 271.780 pessoas e infetou quase quatro milhões no mundo

A pandemia do novo coronavírus já matou 271.780 pessoas e infetou quase quatro milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo o último balanço da agência AFP, baseado em dados oficiais.

Segundo os dados recolhidos pela agência noticiosa francesa, até às 20h00 de ontem, 3.896.790 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em 195 países e territórios desde o início da epidemia. A AFP alerta, contudo, que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que um grande número de países está a testar apenas os casos que requerem tratamento hospitalar.

Entre esses casos, pelo menos 1.268.000 são agora considerados curados. Desde a contagem feita às 20h00 de quinta-feira, 4.862 novas mortes e 90.352 e novos casos foram registados em todo o mundo.

Os países com mais óbitos nas últimas 24 horas são os Estados Unidos, com 1.257 novas mortes, o Reino Unido (626) e o Brasil (610).

Os Estados Unidos, que tiveram a sua primeira morte ligada ao coronavírus no início de fevereiro, são o país mais afetado em termos de número de óbitos e de casos, com 76.101 mortes em 1.271.775 casos. Pelo menos 195.036 pessoas foram declaradas curadas pelas autoridades de saúde norte-americanas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Reino Unido, com 31.241 mortes e 211.364 casos, a Itália com 30.201 óbitos (217.185 casos), a Espanha, com 26.299 mortes (222.857 casos) e a França com 26.230 mortos (174.791 casos).

Entre os países mais atingidos, a Bélgica mantém o maior número de mortes em comparação com a sua população, com 74 óbitos por cada 100.000 habitantes, seguida por Espanha (56), Itália (50), Reino Unido (46) e França (40).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), contabilizava hoje oficialmente um total de 82.886 casos (1 novo entre quinta-feira e hoje), incluindo 4.633 mortes (0 novas) e 77.993 curas.

A Europa totalizava às 19:00 TMG de hoje, 153.690 mortes em 1.681.558 casos, os Estados Unidos e o Canadá 80.754 mortes (1.338.087 casos), a América Latina e Caribe 17.520 mortes (324.309 casos), a Ásia 10.163 óbitos (277.011 casos), o Médio Oriente 7.423 mortes (212.644 casos), África 2.105 mortes (54.944 casos) e a Oceânia 125 mortes (8.245 casos).

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