Conheça hoje as principais hormonas a ter em conta num programa de perda de massa gorda e algumas formas de estimular ou minimizar a sua produção, conforme o efeito que as mesmas desempenham no nosso corpo.

1. Grelina

A grelina é uma hormona produzida pelo nosso estômago e é a tal que envia o sinal ao nosso cérebro a dizer que estamos com fome. Reduzindo as calorias, numa tentativa de perder peso, causa um aumento na grelina. Mesmo após 12 meses a fazer uma dieta baixa em calorias, os estudos dizem-nos que os níveis desta hormona mantêm-se elevados. Por outras palavras, o seu corpo nunca se vai adaptar a comer menos! Reduzir as calorias não é a solução porque o seu cérebro vai estar sempre a receber a mensagem que está com fome. Esta é a razão pela qual as dietas com este tipo de abordagem não são bem sucedidas. Podem ajudar a melhorar no curto prazo mas não são sustentáveis no longo prazo.

Além disto, é importante notar que o stress e a privação de sono estão associados a um aumento da grelina.

Qual a fórmula para diminuir os níveis de grelina? Exercício intenso e sono adequado.

2. Leptina

A leptina é uma hormona produzida pelas células adiposas e pelas células que revestem a parede do estômago. Esta hormona interage com o nosso cérebro regulando o nosso apetite e metabolismo, ou seja, esta é a hormona que nos diz a quantidade de “gasolina” que temos no corpo e quando estamos saciados. Quanto mais massa gorda temos, mais leptina o nosso corpo vai libertar. Uma produção elevada desta hormona não é desejável porque pode causar resistência à leptina, influenciando os sinais de saciedade que chegam ao nosso cérebro. Ou seja, quanto mais massa gorda, maior será a probabilidade de desenvolver resistência à leptina. As consequências começam na obesidade e podem evoluir para o cancro, envelhecimento e degeneração neurológica.

Para maximizar a sensbilidade à leptina, é importante dormir bem, realizar uma dieta rica em antioxidantes dos frutos vermelhos e comer muitas verduras. Perder massa gorda vai também aumentar a sensibilidade à leptina, pelo que quanto mais gordura perdermos, mais eficaz será o sinal de leptina no nosso corpo.

3. Adiponectina

A adiponectina é outra hormona da saciedade mas, ao contrário da leptina, quanto mais magros somos, maior quantidade de adiponectina o nosso corpo vai libertar. Esta hormona (produzida pelo tecido adiposo) aumenta a capacidade dos músculos utilizarem hidratos de carbono para energia, aumenta o metabolismo, aumenta a velocidade de queima de gordura e reduz o apetite.

A adiponectina pode também ajudar a proteger as nossas artérias do stress oxidativo, já que tem um papel fundamental na supressão de distúrbios metabólicos que podem resultar em diabetes tipo 2, obesidade, arteriosclerose e doença do fígado gordo não alcoólico.

Para maximizar os níveis de adiponectina, é importante manter um estilo de vida mais ativo e substituir os hidratos de carbono por gorduras monoinsaturadas (azeite, pêra abacate, oleaginosas e sementes).

Hoje falamos de três, para o próximo dia vamos falar de outras quatro: insulina, glucagon, colecistoquinina e epinefrina.

Fique atento(a) e até lá…bons treinos!