A dor lombar crónica é uma condição comum que afeta milhões de pessoas, impactando significativamente a qualidade de vida e a produtividade. Os tratamentos tradicionais incluem fisioterapia, medicação, injeções epidurais e cirurgia. Uma nova abordagem, a ablação do nervo basivertebral, mostra-se promissora na gestão desta condição.

O que é o nervo basivertebral?

O nervo basivertebral, localizado nas vértebras lombares, transmite sinais de dor das placas terminais vertebrais, áreas frequentemente associadas à degeneração e inflamação em pacientes com dor lombar crónica.

Princípios da ablação

Este procedimento minimamente invasivo utiliza radiofrequência para interromper os sinais de dor transmitidos pelo nervo basivertebral. Uma sonda é guiada até à vértebra afetada, onde a radiofrequência é aplicada para destruir o nervo, com o objetivo de aliviar a dor reduzindo a inflamação e a transmissão dos sinais de dor.

Evidências científicas

Estudos clínicos, como os publicados no “Journal of Bone and Joint Surgery”, demonstram a eficácia da ablação do nervo basivertebral na redução da dor lombar crónica, com pacientes apresentando melhorias significativas em comparação com tratamentos convencionais.

Benefícios da ablação do nervo

  • Minimamente Invasiva: Reduz o risco de complicações e promove uma recuperação mais rápida.
  •  Alívio Duradouro da Dor: Muitos pacientes relatam alívio significativo da dor por meses ou anos.
  •  Redução da Necessidade de Medicação: Com a diminuição da dor, muitos pacientes podem reduzir ou cessar o uso de analgésicos.

Potenciais riscos

Como qualquer procedimento médico, a ablação do nervo basivertebral tem riscos, incluindo infeção, hemorragia e dor residual. É essencial que os pacientes sejam bem informados sobre os benefícios e riscos antes de se submeterem ao procedimento.

Conclusão

A ablação do nervo basivertebral é uma inovação significativa no tratamento da dor lombar crónica, com evidências crescentes da sua eficácia e segurança. Esta técnica pode melhorar a qualidade de vida de muitos pacientes.

Um artigo de Armando Barbosa, anestesiologista e diretor clínico da Paincare.