Ser-se pai nem sempre é tarefa fácil, quando um pai se torna pai, há todo um conjunto de mudanças, de desafios e de renascimentos a acontecer. Estas mudanças, por vezes, parecem incompatíveis e inundadas de incertezas.
A verdade é que a parentalidade tende a ser vivida de formas diferentes na versão materna e na versão paterna, assim, para um homem há mais tendência à sensação de incapacidade de executar o papel de pai forma plena, há menos expectativas que sejam capazes e há — com frequência — uma tentativa de desresponsabilização, não só do pai enquanto pai, mas também das pessoas à sua volta.
A verdade é que um pai será tão mais pai quanto mais estiver envolvido no processo da parentalidade e uma criança crescerá tão mais saudável e feliz, quanto mais ambos os pais se alinharem na sua educação e no seu crescimento.
Por isso, chegada à hora de ser pai é importante que o tente ser por inteiro e para isso, deve começar por:

1.  Sintonizar-se com a criança

Por entre o correr dos dias, é fácil para um pai deixar o lado mais emocional da relação com os filhos para a mãe, acreditando que a mãe faz melhor esse papel. Mas, uma criança precisa da presença emocional do pai, precisa que um pai se conecte com ela, que a procure compreender e que lhe dê colo.

2. Assumir as responsabilidades por inteiro

Participar ativamente em todas as tarefas e necessidades. Não é suposto que os pais se anulem em determinadas responsabilidades, sejam elas mais logísticas, mais emocionais, mais descontraídas ou mais rígidas. Um pai deve-o ser por completo em todas as áreas de vida de um filho;

3. Ser um modelo de referência

É essencial que o pai se permita a ser modelo de referência, que possa orientar um filho e mostrar-lhe qual é o caminho certo, quais os valores pelos quais se deve guiar, quais as ações que são — ou não — permitidas e adequadas. Quando um pai é modelo de referência, escuta ativamente um filho e o orienta no seu caminho, mais facilmente uma criança se sente segura e plena de si.
Perante tudo isto, lembremo-nos que o papel do pai é fundamental para uma criança e que, para que a relação seja sólida e robusta, um pai precisa de existir de forma coesa na vida de um filho e precisa de procurar sintonizar-se ativamente com ele. Sempre que um pai o faz, a criança e a família assumem mais força e um maior bem-estar.
Um artigo das psicólogas clínicas Cátia Lopo e Sara Almeida, da Escola do Sentir.