Uma gravidez vai sempre ter o poder de surpreender um casal - por muito que seja planeada -, principalmente, quando um casal não se sente envolvido no tão falado e consensual “estado de graça”.
Se pensarmos bem, todos nos apercebemos que um casal ouve vezes de mais que uma gravidez é um estado de graça. Todos nós vamos ouvindo ao longo do nosso crescimento que a gravidez é bonita e encantadora. E a verdade é que para muitos casais, de facto, a gravidez é um estado de graça e as coisas correm de forma, tendencialmente, mais serena e tranquila.
No entanto, também é verdade que para muitos casais a gravidez tem o poder de os colocar numa montanha russa de emoções, misturada com enjoos, dúvidas e receios que em nada se assemelha a um estado de graça. E, nessas circunstâncias, um casal sente-se sozinho e perdido.
Por tudo isto, em primeiro, é essencial nunca esquecermos que a gravidez é sempre do casal, e não apenas da mãe. Só assim, podemos falar de família, só assim, podemos envolver o pai e criar um caminho que não facilite a solidão das mães e dos pais.
E reparem, aceitar todas as formas de gravidez não é retirar a magia da gravidez é simplesmente darmos um passo para retirarmos o peso que, por vezes, os pais em estado de gravidez sentem.
Nunca nos esqueçamos que mesmo que nem todas as gravidezes sejam um estado de graça, praticamente todas as gravidezes tem o poder absolutamente fora do vulgar de, a par com os sobressaltos que lhe são inerentes, fazer os pais reinventarem-se e crescerem por dentro e isso sim é a tonalidade mágica que uma gravidez pode ter.
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