Num mundo maioritariamente masculino, as mulheres da GNR enfrentam algumas dificuldades na instituição, como instalações sem condições para albergar guardas do sexo feminino.
No dia em que se assinala o Dia Internacional da Mulher, a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) alerta para a falta de condições em muitas das unidades policiais que não possuem instalações adequadas para receber elementos do sexo feminino.
O presidente da APG, César Nogueira, disse à agência Lusa que nem todos os quartéis têm camaratas exclusivas para as mulheres, o que causa alguns constrangimentos. Segundo César Nogueira, apenas os postos construídos recentemente tem as condições para albergar mulheres-militares.
Como exemplo, referiu um caso recente de uma guarda da GNR colocada em Viana do Castelo, a cerca de 150 quilómetros de casa, e que tinha que andar e trocar de roupa no carro por falta de um balneário para mulheres no quartel.
O presidente da APG revelou ainda que, em muitos postos, há um local para as mulheres guardas pernoitarem, mas que foi arranjado pelas próprias.
Além da falta de condições nas unidades, as guardas enfrentam igualmente outros problemas no seio da Guarda Nacional Republica, nomeadamente a integração numa instituição maioritariamente masculina o que gera entraves no acesso a determinadas funções, considera a APG.
A Associação dos Profissionais da Guarda destaca o aumento percentual de mulheres na instituição, apesar de ser um número ainda insuficiente e realça a evolução positiva das guardas na GNR.
“Numa realidade institucional maioritariamente masculina, a presença feminina veio trazer novos conceitos, novas abordagens e enriquecer uma GNR que, inicialmente, não estava preparada para lidar com esta mudança”, refere a APG em comunicado para assinalar o Dia Internacional da Mulher.
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