É frequente as crianças sofrerem um impacto muito forte quando se apercebem de que a morte existe e, por isso mesmo, de que elas mesmas podem morrer e/ou podem perder aqueles que amam.
Por vezes é mais fácil, para quem acredita na vida além da morte, apresentar às crianças um quadro em que o corpo não é senão um invólucro temporário da alma.
Para quem não acredita, a ênfase pode ser colocada no facto de o corpo que morreu não sentir nada e já não ser uma pessoa. E o mais importante ser a vida que ficou para trás, que importa viver bem.
No entanto, em alguns casos, nomedamente quando a criança contactou com imagens que tenham tido um efeito traumatizante, deve ser feita uma intervenção terapêutica, de preferência por um terapeuta que trabalhe com hipnose clínica, EMDR ou técnicas afins.
Há que ajudá-la a substituir essas imagens por outras melhores, reprogramando a cena imaginária. Apenas a racionalização será insuficiente, já que as imagens, que podem estar na origem desse medo, tenderão a manter-se. Fazer a criança sentir que os pais e ela estão bem e nada faz prever alterações nessa situação, por muitos e bons anos, também pode ajudar.
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