O salmão é um peixe muito rico em ácidos gordos ómega-3. As reconhecidas propriedades nutricionais desta espécie piscícola, uma das mais apreciadas e consumidas em território nacional, aportam benefícios para a saúde cardiovascular, combatem os processos inflamatórios e melhoram o perfil lipídico, reduzindo os níveis daquele que é chamado de maul colesterol, o famoso LDL. Mas será que vicia, como muitos alegam?

"Não existem relatos de que o seu consumo se torne aditivo, pelo que pode sempre fazer parte das suas escolhas alimentares semanais, garantindo que ingere carne e peixe com a mesma frequência", garante o nutricionista Miguel Ângelo Rego. "No entanto, sendo um peixe gordo, por vezes o seu consumo em quantidades acima do aconselhável pode tornar a digestão mais difícil", adverte, no entanto, o especialista português.

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"Esta espécie de peixe é bastante versátil na combinação com outros alimentos, como a batata cozida ou assada com pele, massas alimentícias diversas ou legumes e hortícolas, que podem ser cozidos, grelhados ou assados", sugere ainda. "Do ponto de vista nutricional, o salmão fresco é muito semelhante ao fumado", esclarece. O proveniente da aquacultura representa a maior parte do salmão consumido em Portugal. "Esse salmão tem um teor de gordura mais elevado do que o selvagem e menor teor em ácidos gordos ómega-3", sublinha Miguel Ângelo Rego.

"O salmão de aquacultura tem o corpo mais arredondado por ser criado em tanques, com menos espaço disponível. Além disso, tem uma coloração ligeiramente mais rosada, embora possa ser manipulada pelos criadores, com a adição de pigmentos à ração", adverte ainda. Uma das (poucas) exceções é o que é criado em viveiro na Noruega, país com uma legislação (muito) exigente no que refere à criação desta espécie piscícola.