De acordo com uma nota publicada pela embaixadora Tânia Romualdo, “no geral” os estudantes cabo-verdianos na China “estão bem e não se regista nenhum caso” daquele novo vírus no seio da comunidade, que está dispersa por “todo o território” chinês.
“E mesmo nos casos em que residem na mesma cidade não se podem encontrar pois estão restringidos aos 'campus' das respetivas universidades que, na sua maioria, estão em ‘lockdown’ [isolamento]”, lê-se na mensagem divulgada ao início da tarde pela embaixadora de Cabo Verde.
Segundo a diplomata, as universidades frequentadas pelos jovens cabo-verdianos introduziram “medidas preventivas e de controlo”, com os espaços a serem desinfetados regularmente e os alunos “observados, duas vezes por dia, nomeadamente através do controlo da temperatura”.
“Temos vindo a manter também contactos individuais pois entendemos que na presente conjuntura uma voz amiga e umas palavrinhas em crioulo ajudam a levantar um pouco o ânimo”, acrescentou Tânia Romualdo.
Uma informação anterior da embaixada de Cabo Verde refere que há 16 estudantes cabo-verdianos em Wuhan, em universidades diversas e nas respetivas residências universitárias.
O novo coronavírus foi detetado na cidade chinesa de Wuhan (capital da província de Hubei, centro do país) no final de 2019, e já provocou a morte de 80 pessoas na China e mais de 2.700 infetados.
As autoridades anunciaram 24 novas mortes desde domingo na região de Hubei, mas não registaram óbitos provocados pelo vírus fora daquela província.
Além do território continental da China, também foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos da América, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Austrália e Canadá.
As autoridades chinesas admitiram que a capacidade de propagação do vírus se reforçou.
As pessoas infetadas podem transmitir a doença durante o período de incubação, que demora entre um dia e duas semanas, sem que o vírus seja detetado.
O Governo decidiu prolongar o período de férias do Ano Novo Lunar, que deveria terminar na quinta-feira, para tentar limitar a movimentação da população.
O diretor da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, é esperado em Pequim para discutir a situação com as autoridades chinesas.
Durante o período de incubação, os infetados não revelam sintomas, o que anula o efeito das medidas de rastreio, como medição de temperatura nos aeroportos ou estações de comboio.
Os sintomas incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias.
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