“O volume de reservas para março e abril mostra, desde as últimas duas semanas, quebras significativas relativamente ao ano passado”, lê-se na nota.
“Este forte abrandamento da procura faz com que a TAP tenha procedido ao cancelamento imediato de voos com menor procura, reduzindo a capacidade em 4% em março e 6% em abril, o que representa um total de cerca de 1.000 voos”, explicou a transportadora.
Segundo o comunicado, os cancelamentos “incidem especialmente na operação para cidades nas regiões mais afetadas, sobretudo Itália, mas contemplam também a redução de oferta em outros mercados europeus que mostram maiores quebras da procura, como Espanha ou França”.
Os cancelamentos incluem ainda “alguns voos intercontinentais, dado o modelo de operação da TAP, como companhia de longo curso e conexão”, acrescentou.
A transportadora garantiu que irá “contactar todos os passageiros afetados por estes cancelamentos e em conjunto com eles encontrará as melhores opções e alternativas para a realização das suas viagens”.
A empresa alertou ainda que “a quebra na procura implica naturalmente um decréscimo da receita, pelo que, para proteger a integridade da sua tesouraria, a TAP tomou já algumas decisões fundamentais, como a suspensão de todos os investimentos não críticos, a revisão e corte de despesas não essenciais para o negócio ou a suspensão de contratações e novas admissões”.
A companhia aérea salientou que ativou “desde o início do surto o seu plano de contingência que contempla todas as recomendações e procedimentos ditados pelas autoridades de saúde nacionais e internacionais”.
A Direção-Geral da Saúde, que tem um microsite com múltiplas informações sobre a doença, recomenda como principais medidas de prevenção a frequente lavagem de mãos. Em caso de possível contágio, a indicação é ligar para o SNS 24 (808 24 24 24) e evitar deslocações aos serviços de saúde.
O COVID-19 é uma doença provocada por um novo coronavírus, que surgiu em Wuhan, na China, no final do ano passado.
A doença pode causar infeções respiratórias, como pneumonia, e provocou cerca de 3.200 mortos e infetou mais de 94 mil pessoas em 80 países, incluindo seis em Portugal.
Itália é o país mais afetado na Europa e o país anunciou hoje que todas as escolas e universidades encerram a partir de quinta-feira e até 15 de março como medida de precaução face à epidemia de COVID-19, que já provocou mais de 100 mortos no país.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de COVID-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para "muito elevado".
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Se não conseguir ver o mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, siga para este link.
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