“A avaliação do risco nutricional é um passo essencial para a implementação de uma estratégia de combate à desnutrição hospitalar, uma condição que se estima que possa estar presente em 20% a 50% dos doentes internados”, sublinha o Ministério num comunicado publicado no Portal da Saúde.
Segundo o Ministério da Saúde, a identificação precoce dos doentes com desnutrição ou em risco é essencial para promover o suporte nutricional adequado à sua recuperação.
“A implementação de uma identificação precoce do risco nutricional irá trazer ganhos em termos de qualidade de vida e na recuperação do estado de saúde, podendo ainda contribuir para reduzir úlceras de pressão” e reduzir custos, uma vez que a desnutrição está associada a internamentos mais longos, afetando sobretudo os mais idosos.
No despacho de 2018 que determinou as ferramentas a utilizar para a identificação do risco nutricional, o Governo afirma que “a desnutrição em doentes internados em hospitais representa um grave problema de saúde que é frequentemente encoberto por outras situações clínicas”.
“Trata-se de uma situação que amplifica a necessidade de cuidados de saúde e influência marcadamente a qualidade de vida dos doentes, com elevados custos a nível pessoal, para a sociedade e para o sistema de saúde”, adianta.
Também está associada a um aumento do risco de infeções e de outras complicações, e a uma necessidade acrescida de tratamentos hospitalares e de reinternamentos, a um aumento do tempo de internamento hospitalar e a uma maior morbilidade e mortalidade.
A medida arrancou em abril com duas experiências-piloto na Unidade Local de Saúde do Alto Minho e no Centro Hospitalar de Lisboa Central e hoje foi “alargada a todas as unidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Em declarações à agência Lusa em abril, a diretora do Programa Nacional para Alimentação Saudável, Maria João Gregório, afirmou que “é extremamente importante” identificar precocemente estas situações para que a prestação de cuidados nutricionais seja “a mais adequada”.
O que se pretende é que os doentes possam ter um plano de cuidados ajustado àquilo que são as suas necessidades e melhorar o seu estado nutricional, disse Maria João Gregório, explicando que se trata de “um procedimento simples” que pode ser aplicado por diferentes profissionais de saúde.
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