Uma investigação internacional divulgada na revista The New England Journal of Medecine defende que o excesso de peso, que tem o sedentarismo como uma das causas, aumenta a probabilidade de desenvolver doenças cancerígenas. De acordo com os autores do estudo, que complementa outros tornados públicos nas últimas semanas, a prática regular de exercício físico reduz em cerca de 20% o risco de cancro do cólon e de mama, de diabetes, de acidente vascular cerebral (AVC) e de doença cardíaca.

Um outro trabalho, tornado público no início do mês, apresenta conclusões que apontam no mesmo sentido. A análise, baseada no estudo aprofundado de 174 investigações científicas publicadas entre 1980 e 2016, foi destacada pelo Bristish Medical Journal (BMJ). De acordo com o relatório final, subir escadas durante 10 minutos, aspirar a casa durante 15 minutos ou jardinar durante 20 minutos já ajuda a prevenir essas doenças.

Cientistas do National Cancer Institute e da Harvard Medical School, nos Estados Unidos da América (EUA), em colaboração com outros colegas de vários pontos do mundo, analisaram também 12 estudos que abrangeram 26 tipos de cancro e envolveram 1,44 milhões de pessoas, entre os 19 e os 98 anos, residentes nos EUA e na Europa. O acompanhamento médio dos participantes foi de 11 anos e as conclusões não diferem muito.

A investigação, tornada pública nas últimas semanas, permitiu apurar que a prática de elevados níveis de exercício físico (uma hora e meia por dia, incluindo a atividade desportiva pura e dura e a realização de tarefas que obriguem a algum movimento, como é o caso de andar a pé, aspirar o chão, fazer a cama e/ou jardinar, por exemplo) pode reduzir o risco de 13 tipos de cancro. Saiba quais e em que percentagem:

- Menos 42% de risco de cancro esofágico

- Menos 27% de risco de cancro do fígado

- Menos 26% de risco de cancro do pulmão

- Menos 23% de risco de cancro dos rins

- Menos 22% de risco de cancro do estômago, um dos mais frequentes em Portugal

- Menos 20% de risco de leucemia mieloide

- Menos 21% de risco de cancro do endométrio

- Menos 17% de risco de mieloma

- Menos 16% de risco de cancro do cólon

- Menos 15% de risco de cancro da cabeça e do pescoço

- Menos 13% de risco de cancro do reto e da bexiga

- Menos 10% de risco de cancro da mama, um dos que mata mais mulheres em Portugal