"Acetaldeído, acetona, acroleína, benzeno, etilbenzeno, formaldeído, monóxido de carbono, naftaleno e outros compostos orgânicos voláteis" compõem o cocktail de substâncias altamente perigosas detetado pela DECO na queima de todos os incensos que analisou.
"Para agravar este quadro, alguns dos incensos e velas que testámos, apresentam alegações convidativas relacionadas com bem-estar e, até mesmo, purificação do ar, que enganam os consumidores e potenciam a exposição aos seus efeitos negativos. É comum encontrarmos nas embalagens as palavras: “natural”, “purificante”, “seguro” “energia positiva” – que, de um ponto de vista da segurança dos consumidores e da obrigação da prestação de uma informação verdadeira e comprovável, são absolutamente inadmissíveis", alerta a DECO.
"Some-se, ainda, uma rotulagem insuficiente, com alegações falsas, impressa de forma ilegível e que, verdadeiramente, só contribui para o quadro grave que encontrámos", lê-se numa nota enviada às redações.
"Estamos perante produtos comprovadamente perigosos, que são poluentes do ar interior, e cuja utilização deve ser, no mínimo, fortemente desaconselhada. Analisámos em laboratório acreditado, seis incensos diferentes, comprados em lojas físicas de rua e de centros comerciais, como poderá fazer qualquer consumidor", explica a DECO.
Todos falharam na avaliação da presença de contaminantes químicos. Todos são comprovadamente perigosos para a saúde dos consumidores a curto (e.g., irritações) e a médio e longo prazos (e.g., variando com os períodos de exposição, patologias respiratórias crónicas, doença oncológica).
"Concluímos no sentido de que devem ser retirados do mercado – já apresentámos este pedido à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE). Demos, igualmente, conhecimento à Direção-Geral da Saúde", informa a DECO.
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