“Esse cenário faz parte dos planos de contingência. Depende da necessidade em função dos números da epidemia”, disse Graça Freitas na conferência de imprensa diária para fazer o ponto da situação da pandemia de covid-19 em Portugal.

A diretora-geral da Saúde disse que é preciso prever “o que pode acontecer e ir expandindo, melhorando e otimizando a capacidade assistencial e, portanto, está em cima da mesa nos planos de contingência, não quer dizer que vai ser ativado. Neste momento não está a ser já contemplado, mas poderá vir a acontecer”.

Relativamente à capacidade instalada de ventiladores, o secretário de Estado da Saúde, presente na conferência de imprensa, afirmou que “são cerca de 1.124 ventiladores, 528 Unidades de Cuidados Intensivos e 480 em blocos operatórios com uma capacidade ainda de expansão de cerca de 134”.

Segundo António Sales, existe uma encomenda de 500 ventiladores por parte do Estado português, sendo que 138 se encontram já na Embaixada de Portugal na China para vir durante a semana que vai decorrer.

“Existem outras disponibilidades, através de instituições, de particulares, e este conjunto chegará na ordem dos mil ventiladores, o que praticamente duplicará a capacidade de ventilação mecânica em Portugal”, salientou o governante.

Portugal regista hoje 140 mortes, mais 21 do que na véspera (+17,6%), e 6.408 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 446 em relação a domingo (+7,5%).

Dos infetados, 571 estão internados, 164 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.

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