A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou esta segunda-feira a existência de 140 mortes e 6.408 casos de infeção por SARS-CoV-2 em Portugal. Relativamente a domingo, em que se registavam 119 mortes, observou-se hoje um aumento de 17,6% (mais 21).

O número de infetados aumentou de 5.962 para 6.408, mais 446 em relação a ontem, o que representa um aumento de quase 7,5%, a taxa de crescimento mais baixa desde o início do surto em Portugal.

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Há, ao todo, 43 casos de COVID-19 totalmente recuperados, um número que se manteve intacto nos últimos cinco boletins divulgados pela DGS.

De acordo com o boletim divulgado esta segunda-feira, existem 4.845 pessoas a aguardar resultados laboratorial e 11.482 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

Quanto ao total de casos suspeitos, registaram-se até ao momento 44.206, sendo que 32.953 não foram confirmados.

Das 6.408 pessoas infetadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), a grande maioria (5.837) está a recuperar em casa, 571 (mais 85, +17,4%) estão internadas, 164 (mais 26, +18,8%) dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos.

Boletim da DGS
Boletim da DGS Imagem do Boletim da Direção-geral da Saúde

No Norte, existem 3.801 infetados (74 mortes), em Lisboa e Vale do Tejo 1.577 casos (30 mortes), na regiãi Centro 784 casos (34 mortes), 106 casos no Algarve (2 mortes) e 45 casos no Alentejo (nenhuma morte).

Nos Açores há 41 casos registados e na Madeira 44. Não há nenhuma morte a registar nos dois arquipélagos.

O grupo etário com mais óbitos é o com mais de 80 anos, com 85 mortes no total, a maioria no sexo masculino (45). O segundo grupo etário mais afetado em termos de mortalidade é o de 70-79 anos, com 31 mortes, sendo 23 homens e 8 mulheres.

Em seguida, surge o grupo etário 60-69 anos, com 16 mortos (15 homens e uma mulher). No grupo etário 50-59, há seis óbitos registados (5 homens e uma mulher). No grupo 40-49 anos, há dois óbitos do sexo feminino. Não consta deste boletim a morte do jovem de 14 anos de Ovar noticiada ontem.

Os números do boletim divulgado esta segunda-feira foram contados até às 0:00 de hoje.

Imagem do Boletim da Direção-geral da Saúde
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Quanto aos concelhos mais afetados, Porto surge em primeiro lugar com 941 casos, seguido de Lisboa com 633 casos e Vila Nova de Gaia com 344 infetados.

Imagem do Boletim da Direção-geral da Saúde
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Parte (51%) dos pacientes apresenta febre, tosse (61%), sendo que 35% registaram também dores musculares, 24% tiveram fraqueza generalizada, 19% dificuldade respiratória e 29% cefaleia. No entanto, só existe informação reportada sobre sintomas em 79% dos casos confirmados.

Imagem do Boletim da Direção-geral da Saúde
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Em conferência de imprensa, ao início desta tarde, Graça Freitas, da Direção-geral de Saúde, e António Lacerda Sales, secretário de Estado, revelam que existem 853 profissionais de saúde infetados, sendo que 209 são médicos e 177 enfermeiros. Os restantes 477 são outros profissionais dispersos pelas restantes atividades de saúde.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da COVID-19, já infetou mais 715 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram 34 mil pessoas.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

De acordo com a agência de notícias francesa, já foram diagnosticados pelo menos 715.204 casos de infeção pelo novo coronavírus, que provoca a doença COVID-19, e a pandemia espalhou-se por 183 países ou territórios.

A Itália continua a ser o país mais afetado em número de mortes (10.779), seguido de Espanha (7.340 mortes), o foco inicial do contágio. Os Estados Unidos registam 143.025 casos e 2.514 mortes.

A China tem até ao momento 81.470 casos, sendo o quarto país com mais casos a nível mundial. Regista, no total, 3.304 mortes, segundo números oficiais.

A AFP alerta que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do número real de infeções, já que um grande número de países está agora a testar apenas os casos que requerem atendimento hospitalar.

Mapa mundial interativo com casos confirmados e mortes

Se não conseguir ver o mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, siga para este link.

Os países mais afetados a seguir aos Estados Unidos, Itália, Espanha e China são o Irão, com 41.495 casos e 2.757 mortes, e a Alemanha com 62.435 casos mas apenas 541 mortes.

Vários países adotaram medidas excecionais, como a declaração do estado de emergência, o regime de quarentena obrigatório ou o encerramento de fronteiras.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril, embora o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, tenha já admitido prolongar o mesmo.

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Costa admite "mês mais crítico"

O primeiro-ministro, António Costa, avisou hoje que Portugal "vai entrar no mês mais crítico desta pandemia" da COVID-19 e por isso é necessário que se prepare para esta fase.

António Costa falava aos jornalistas na nova unidade de apoio hospitalar da Câmara e da Universidade de Lisboa, no complexo de piscinas do Estádio Universitário, depois de ter visitado também as obras de recuperação do antigo Hospital Militar de Belém, em Lisboa, que se destinam a instalar o novo centro de apoio militar para o combate à pandemia.

"O país vai entrar no mês mais crítico desta pandemia e é por isso é fundamental que nos preparemos para este mês que vamos ter pela frente", avisou.

Segundo o primeiro-ministro, os hospitais portugueses "têm vindo a dar resposta às necessidades" e estão ser feitos todos os esforços para que "continuem a dar resposta", mas caso a pandemia evolua "como está projetado" é fundamental ter estas unidades de retaguarda.

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