Espanha regista novo recorde com 838 mortos num só dia

Espanha registou, nas últimas 24 horas, 838 mortos com o novo coronavírus, voltando a aumentar o número de falecidos num só dia e elevando o balanço total para 6.528, de acordo com a última atualização das autoridades sanitárias.

Os números do Ministério da Saúde espanhol revelam ainda um aumento de 6.549 no número de infetados, menos do que os 8.189 novos casos anunciados no sábado.

Desde o início da pandemia, o país registou um total de 78.797 casos de COVID-19, dos quais 6.528 morreram e 14.709 tiveram alta e são considerados como curados. Na totalidade do país estão ou estiveram hospitalizadas 43.397 pessoas e dessas 4.907 estão ou já estiveram em unidades de cuidados intensivos.

A região com mais casos positivos de COVID-19 é a de Madrid, com 22.677 infetados e 3.082 mortos, seguida pela da Catalunha (15.026 e 1.226) e a do País Basco (5.740 e 265), mas há registos de mais falecidos com a pandemia em Castela-Mancha (539) e Castela e Leão (380).

Itália com 756 mortos nas últimas 24 horas. País está perto dos 100 mil infetados

Itália anunciou este domingo 756 mortes por coronavírus em 24 horas segundo dados oficiais da Proteção Civil italiana. Há 97.689 infetados desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas registaram-se 5.217 novos casos, num crescimento de 5,64%, em relação ao dia anterior (92.472 infeções).

O número de mortos voltou a baixar pelo segundo dia consecutivo depois de na sexta-feira ter atingido um número recorde de 919 vítimas. No sábado, o número de mortos foi 889. A taxa de mortalidade é neste momento de 11%.

Do total de infetados 13.030 já recuperaram, mais 646 do que ontem. Existem 27.386 pacientes hospitalizados com sintomas, sendo que 3.906 estão em terapia intensiva, enquanto 42.588 estão a recuperar em casa. As autoridades italianas acreditam que os números vão manter-se estáveis nos próximos dias.

A Lombardia continua a ser a região mais afetada com 41.007, mais 1592 que ontem, o que corresponde a uma taxa de 4,04%, em elação ao boletim de sábado. A segunda região com mais casos do novo coronavírus é Emilia-Romagna com 13.119 infetados, mais 736 que ontem, o equivalente a uma taxa de mais 5,94% em relação a sábado.

Alemanha ultrapassa os 50 mil casos diagnosticados. É o quinto país do mundo com mais infeções

A Alemanha, quinto país com mais casos de COVID-19 diagnosticados, regista agora 52.547 pacientes infetados, uma subida de 3.965 em relação ao dia anterior, de acordo com o Instituto Robert Koch (RKI).

A entidade responsável pela prevenção e controlo de doenças indica ainda na sua página oficial que há agora 389 vítimas mortais, um aumento de 64.

De acordo o diretor do RKI, o sistema de saúde alemão corre o risco de atingir os seus limites durante a pandemia COVID-19. Os estados federados da Renânia do Norte-Vestefália, Baviera e Bade-Vurtemberga continuam a ser os mais afetados.

“Temos de contar com o facto de que as nossas capacidades podem não ser suficientes”, admitiu Lothar Wieler em entrevista divulgada hoje no “Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung”.

Sobre as diferenças nas taxas de letalidade, registadas na Alemanha e em Itália, o diretor do Instituto Robert Koch salienta que se deve sobretudo ao grande número de testes realizados no país.

“As pessoas infetadas no início não estavam entre os grupos de risco, os contágios estavam ligados a férias na neve, por exemplo. Se mais contágios acontecerem em hospitais ou lares de idosos, a proporção pode aumentar”, avisou Wieler.

Número de mortes aumentou para 1.228 no Reino Unido

O Reino Unido registou até hoje 1.228 mortes de pessoas devido à COVID-19, entre 19.522 casos positivos, divulgou o Ministério da Saúde britânico, após o Governo ter alertado para a possibilidade de o confinamento ser reforçado e prolongado.

O novo balanço representa mais 209 óbitos nas últimas 24 horas, mas foi uma subida inferior às 260 mortes registadas entre sexta-feira e sábado.

Ainda assim, confirma uma aceleração do número de contágios e mortes no Reino Unido, que tem vindo a aumentar na ordem das centenas nos últimos dias, levando o Governo a alertar para a necessidade de os britânicos respeitarem as regras de distanciamento social para travar a taxa de propagação.

Numa entrevista hoje na BBC, o ministro do Conselho de Ministros, Michael Gove, disse que o país deve preparar-se para “um longo período” de confinamento, decretado na segunda-feira passada por pelo menos três semanas. “Não posso fazer uma previsão exata, mas penso que todos precisam de se preparar para um longo período durante o qual essas medidas vão permanecer em vigor”, disse.

Numa mensagem dirigida os britânicos, o primeiro-ministro, Boris Johnson, que há uma semana se mostrou confiante de reverter a situação em 12 semanas, avisou hoje que a crise vai “piorar antes de melhorar” e que só o cumprimento das regras de confinamento permitirá um “regresso ao normal” mais rapidamente.

Johnson admitiu ainda medidas mais duras para combater o surto se a comunidade médica e científica assim o indicar.

Países Baixos ultrapassam os 10 mil casos do novo coronavírus

Os Países Baixos ultrapassaram a marca de 10.000 casos do novo coronavírus e mais de 770 mortos pela COVID-19, informaram hoje as autoridades sanitárias do país.

No país, que tem uma população de 17 milhões, 771 pessoas já morreram da doença de covid-19 e 10.866 testaram positivo para o novo coronavírus, de acordo com o Instituto Holandês de Saúde Pública e Meio Ambiente (RIVM).

O Governo holandês adotou medidas, mas por enquanto recusa-se a colocar a população em confinamento. O executivo dos Países Baixos deve anunciar na terça-feira se manterá essa estratégia.

“Conforme relatado nos últimos dias, o número de pacientes internados no hospital e o número de mortes estão a aumentar mais devagar do que se esperaria sem as medidas”, tal como o confinamento total, disse o RIVM na sua página na internet.

“Em alguns dias, será possível concluir se houve um achatamento real do número de pacientes hospitalizados e do número de mortes entre os pacientes relatados”, acrescentou.

O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, alertou que o confinamento total da população seria o próximo passo na luta contra a propagação do vírus se as medidas atualmente em vigor não forem suficientes.

No país, escolas, bares, restaurantes e cafetarias foram encerrados desde 16 de março, e os exames finais do 12.º ano foram cancelados. Todas as reuniões e eventos públicos que requerem permissão das autoridades estão proibidos até 01 de junho e as lojas e os transporte público tiveram que tomar medidas para que os utentes respeitem o espaço de um metro e meio estabelecido, sob pena de sanções.

Internamentos aumentaram 10% em França desde ontem, para quase 20 mil

A França regista atualmente 40.174 casos de COVID-19 confirmados por teste, há 2.606 vítimas mortais e as hospitalizações continuam a aumentar, com mais 10% de pacientes internados devido ao vírus, segundo as autoridades.

O quadro evolutivo da doença foi apresentado, como habitualmente, pelo diretor-geral da Saúde em França, Jêrome Salomon, em conferência de imprensa.

O número de pessoas hospitalizadas é agora de 19.354, um número que aumentou 10% face aos dados divulgados na véspera, e há 4.632 pessoas nos cuidados intensivos. Este número, segundo Salomon, deve começar a diminuir no final da semana quando a quarentena imposta a 16 de março começar a fazer efeito na disseminação da doença.

"Entraram hoje mais 359 pacientes graves nos cuidados intensivos. Este é o elemento mais importante a vigiar porque reflete a dinâmica da epidemia", explicou.

Desde o início da pandemia já foram transferidos cerca de 250 pacientes graves entre hospitais franceses, devido à saturação dos serviços de cuidados intensivos, mas alguns desses doentes também foram enviados para outros países como Alemanha ou Luxemburgo.

Em Portugal, COVID-19 já causou 5962 infetados e 119 mortos

De acordo com o boletim diário da Direção-geral da Saúde (DGS), registaram-se até ao momento 119 mortes por COVID-19 em Portugal, mais 19 que ontem, e existem 5962 casos confirmados da infeção em território nacional, mais 792 que ontem, um aumento de 15,3% face ao dia anterior. Relativamente a sábado, em que se registavam 100 mortes, hoje observou-se um aumento de 19%. A taxa de mortalidade situa-se agora nos 2%.

Em conferência de imprensa, a ministra da Saúde, Marta Temido, confirmou também a existência de uma nova vítima mortal de 14 anos do sexo masculino, em Santa Maria da Feira, no Hospital de São Sebastião, que não está no balanço de hoje. Graça Freitas esclareceu que este jovem foi internado com um quadro de outras patologias e que deve haver algum cuidado na análise deste caso, uma vez que testou positivo para COVID-19.

Há, ao todo, 43 casos de doentes recuperados em Portugal, o mesmo número que na sexta-feira e sábado, todos no continente. Marta Temido alertou que pode haver um desfasamento de informação e que esteja a acontecer um atraso na comunicação destes dados.

Segundo o documento da DGS divulgado, pelo menos 5.508 pessoas estão ainda a aguardar o resultado laboratorial e 17.785 cidadãos permanecem em vigilância pelas autoridades, menos 2.142 que no sábado.

A diretora-geral da Saúde disse hoje que o surto de COVID-19 não vai durar uma quinzena ou dois ou três meses, mas o tempo que tardar até haver uma vacina, e que os portugueses têm de continuar mobilizados.

Mapa interativo com casos e mortes a nível mundial

Se não conseguir ver o mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, siga para este link.


Artigo atualizado às 19h10 com boletim francês.