Portugal regista esta quinta-feira mais 40.134 casos de COVID-19 e 22 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde março de 2020, morreram 19.203 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 1.774.477 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 30.041 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 1.468.309 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com mais novas notificações, num total de 40% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 8.091 (+12), seguida do Norte com 5.834 óbitos (+6), Centro (3.392, +3) e Alentejo (1.097, = ). Pelo menos 602 (=) mortos foram registados no Algarve. Há 132 mortes (=) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 55 (+1) óbitos associados à doença.

Internamentos sobem

Em todo o território nacional, há 1.699 doentes internados, mais 64 do que ontem, e 162 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos cinco face ao dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 286.965 casos ativos da infeção em Portugal — mais 10.071 do que ontem — e 244.232 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 7.240 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS Imagem do boletim da DGS

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 703.912 (+16.062), seguida da região Norte (646.804 +14.866), da região Centro (238.794 +4.232), do Algarve (69.702, +1.219) e do Alentejo (59.659 +1.255). Nos Açores existem 16.310 casos contabilizados (+540) e na Madeira 39.296 (+1.960).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência de 3.615,9 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,23. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,23. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 12.432 registadas (+15) desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.175, +4), entre 60 e 69 anos (1.767, +1) entre 50 e 59 anos (563, +1), 40 e 49 anos (196, +1) e entre 30 e 39 anos (50, =). Há ainda 15 mortes registadas (=) entre os 20 e os 29 anos, três (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 10.106 são do sexo masculino e 9.097 do feminino.

A faixa etária entre os 20 aos 29 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 301.324 infeções (+6.833), seguida da faixa etária dos 40 e os 49 anos, com 299.643 (+7.574), e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 273.783 (+6.776). Logo depois, surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 245.156 reportadas (+5.725). A faixa etária entre os 10 e os 19 anos tem 195.400 (+4.862), entre os 60 e os 69 anos soma 155.083 (+2.892) e a dos 0-9 anos tem 121.699 infeções reportadas (+3.172) desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 80 ou mais anos, que totaliza 91.286 infeções (+924) e dos 70 aos 79 anos, com 91.103 casos (+1.376).

Desde o início da pandemia, houve 833.235 homens infetados e 939.302 mulheres, sendo que se desconhece o género de 1.940 pessoas.

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Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Número recorde de infeções diárias no mundo, mas curva de mortalidade mantém-se

O número de novos contágios pelo coronavírus SARS-CoV-2 atingiu hoje um máximo mundial diário de 3,4 milhões, mas a curva das mortes atribuídas à COVID-19 continua estável, segundo dados provisórios da Organização Mundial da Saúde (OMS). Com a variante Ómicron do SARS-CoV-2 a dominar as novas infeções, o total diário de mortes atribuídas à doença em todo o mundo nas últimas 24 horas ascende a 7.700, cerca da média diária de 7.000 que se tem verificado.

A OMS insistiu que apesar de a maior parte dos casos não ser grave na vaga atual, não se deve subestimar a capacidade de a variante Ómicron provocar problemas, sobretudo por pressão sobre os sistemas de saúde, e considerou que não será a última "variante preocupante" do SARS-CoV-2, mas não fez nenhuma previsão sobre a maior ou menor gravidade de mutações futuras.

A Ómicron, detetada na África do Sul no princípio de novembro de 2021, está presente em 58,5 por cento das análises feitas na rede global de laboratórios GISAID, superando o domínio que a variante Delta manteve durante a maior parte de 2021.

A vaga de contágios com a variante Ómicron, que começou em África e se estendeu aos continentes europeu e americano, é assinalável em todas as regiões estudadas pela OMS, com subidas quase verticais das curvas de contágios, como na Ásia, em que o número de novos casos quintuplicou na semana passada.

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