Cerca de 700 milhões de pessoas em todo o mundo vivem abaixo do limiar de pobreza. Isto significa que vivem com menos de 1,9 dólares por dia, ou seja, menos de 51 euros por mês, segundo dados do Banco Mundial.
Essa disponibilidade financeira traduz-se em melhores ou piores condições de vida e numa realidade que pode ser vista do céu.
Foi a realidade urbanística de África do Sul que levou Johnny Miller, um fotógrafo americano que emigrou para a Cidade do Cabo em 2011, a iniciar um projeto que retrata a segregação racial e económica.
O resultado deu origem a série fotográfica "Unequal Scenes", que em tradução livre significa "Cenas Desiguais". As imagens são recolhidas com recurso a drones ou, por vezes, com apenas uma máquina fotográfica, uma objetiva e um bom enquadramento.
Johnny Miller já fotografou paisagens e perspetivas urbanas em vários pontos do globo, passando por países como o México, Estados Unidos, Quénia, Tanzânia, África do Sul ou Índia.
"As discrepâncias entre as formas como vivem as pessoas são por vezes difíceis de ver a partir do solo", admite o fotógrado.
"A beleza de poder voar é poder ver as coisas a partir de uma nova perspetiva", escreve Miller no site dedicado ao projeto, que retrata áreas que viveram sob segregação racial institucional durante décadas.
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