Portugal regista esta quinta-feira mais 12.234 casos de COVID-19 e 30 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde março de 2020, morreram 21.141 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 3.294.691 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 11.726 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 2.799.531 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) é a área do país com mais novas notificações, num total de 35,1% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 8.753 (+11), seguida do Norte com 6.474 óbitos (+8), Centro (3.759, +7) e Alentejo (1.180, +1). Pelo menos 693 (+2) mortos foram registados no Algarve. Há 188 mortes (=) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 94 (+1) óbitos associados à doença.

Internamentos descem

Em todo o território nacional, há 1.300 doentes internados, menos 100 face ao valor de ontem, e 90 em unidades de cuidados intensivos (UCI), igual ao dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 474.019 casos ativos da infeção em Portugal — mais 478 do que ontem. A publicação da nova resolução do Conselho de Ministros e a atualização da Norma 015/2020 eliminam a vigilância de contactos pelas autoridades de saúde, pelo que esse valor deixou de ser referido no boletim diário de segunda-feira.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região do Norte é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 1.235.070 (+2.128), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (1.166.598 +4.293), da região Centro (498.438 +2.812), do Algarve (136.105 +836) e do Alentejo (119.492 +1.025).

Nos Açores existem 58.944 casos contabilizados (+503) e na Madeira 80.044 (+637).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência superior a 1.638,1 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 0,76. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 0,75. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 13.701 (+21) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.577, +7), entre 60 e 69 anos (1.932, +1) entre 50 e 59 anos (628, +1), 40 e 49 anos (222, =) e entre 30 e 39 anos (56, =). Há ainda 19 mortes registadas entre os 20 e os 29 anos, três (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 11.120 são do sexo masculino e 10.021 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 571.032 (+ 1.898), seguida da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 519.521 (+1.604), e da faixa etária dos 20 aos 29 anos com, 505.663 (+1.843). Logo depois, surge a faixa etária entre os 10 e os 19 anos, com 447.981 (+2.672) reportadas. A faixa etária entre os 50 e os 59 anos tem 392.205 (+1.195), entre os 0-9 anos soma 342.057 (+913) e a dos 60 e os 69 anos tem 241.171 (+867) infeções reportadas desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 70 aos 79 anos, que totaliza infeções 144.205 (+648) e dos 80 ou mais anos, com 130.859 (+597) casos.

Desde o início da pandemia, houve 1.532.527 homens infetados e 1.759.235 mulheres, sendo que se desconhece o género de 2.929 pessoas.

Vídeo - Invernos podem implicar passos atrás nas medidas de proteção, diz DGS

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

DGS estima abrandamento das medidas na primavera

A diretora-geral da Saúde estimou que a situação epidemiológica da COVID-19 melhore na primavera, possibilitando um abrandamento das medidas de combate à pandemia em Portugal. Apesar de não apontar uma data concreta, Graça Freitas disse, em entrevista à agência Lusa, que o número de casos de COVID-19 continua a diminuir, bem como o número de internamentos e de óbitos.

“Temos a expectativa positiva de que no início de abril ou final de março” se desça o patamar estabelecido pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doença de passar para menos de 20 mortes por milhão de habitantes a 14 dias.

“E, portanto, continuamos a acompanhar a evolução da mortalidade. Obviamente não sabemos dizer o dia exato em que isso vai acontecer, mas temos uma expectativa positiva”, salientou na entrevista a propósito dos dois anos de pandemia em Portugal, assinalados ontem.

Graça Freitas adiantou que Portugal faz parte dos países que, estando ainda com uma atividade intensa da doença, está com todos os seus indicadores com uma tendência decrescente.

“Isso dá-nos confiança de que na primavera teremos uma situação epidemiológica mais favorável do que temos agora e, portanto, possibilitando eventualmente novos abrandamentos das medidas que estamos a tomar”, explicou.

Sobre o relatório da situação epidemiológica da COVID-19 da DGS deixar de ser diário, Graça Freitas disse que o processo está em transição.

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