Questionado pela agência Lusa sobre as "averiguações" que estão ser feitas pelo Ministério Público (MP) ao surto que surgiu num lar da cidade, José Calixto referiu apenas que “são as instituições a funcionar”.

Em resposta a uma questão da Lusa sobre a eventual abertura de um inquérito, o magistrado do MP coordenador da Comarca de Évora indicou na quinta-feira que "o Ministério Público está a proceder a averiguações sobre o assunto e situação em causa".

“A colaboração das diversas entidades tem sido total. A Proteção Civil, Segurança Social, Autoridade Regional de Saúde e a própria instituição [Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva] têm prestado toda a informação à investigação da Autoridade de Saúde Pública e dessa investigação haverá matéria que interessa ao Ministério Público”, afirmou hoje José Calixto.

Com a situação no lar, o concelho de Reguengos de Monsaraz regista o maior surto no Alentejo da doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, com um total, segundo dados de hoje, de 131 casos ativos, 16 mortos e 14 pessoas curadas (cinco funcionários do lar e nove pessoas da comunidade).

Entre as 16 vítimas mortais, 14 eram utentes do lar, uma era funcionária da instituição e outra registou-se entre os casos de infeção na comunidade.

Os números referem-se a um universo de cerca de 2.000 testes com resultados conhecidos até ao final do dia de quinta-feira, no qual foram recebidos aproximadamente 50 resultados.

O concelho registou na quinta-feira o segundo dia consecutivo sem deteção de novos casos de covid-19 relacionados com o surto.

O surto detetado em 18 de junho encontra-se, agora, “em resolução”, caso não existam novas cadeias de transmissão desconhecidas, referiu hoje a autarquia, citando a Autoridade de Saúde Pública.

Portugal contabiliza pelo menos 1.644 mortos associados à covid-19 em 45.277 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).