“Graças ao trabalho de todos os profissionais ligados a este setor, o abastecimento alimentar está a decorrer com normalidade, não registando constrangimentos na cadeia, desde a produção à distribuição, nem ao nível dos preços praticados”, sublinhou, em comunicado, o ministério liderado por Maria do Céu Albuquerque.
A tutela garantiu que está em “estreita ligação” com todos os intervenientes do setor, “a fim de serem detetados quaisquer constrangimentos em toda a cadeia de abastecimento”, assim como na identificação do fluxo de matérias-primas e dos fatores de produção.
“Apela-se à consciência cívica que o momento exige, nomeadamente no que se refere a um consumo responsável e criterioso, tendo em conta as necessidades de cada um e, claro está, de todos que nos rodeiam”, vincou o executivo.
Por outro lado, o Ministério da Agricultura reforçou a necessidade de confirmação prévia da informação que chega aos consumidores, devido à disseminação de mensagens falsas sobre a doença.
“Referimos, como exemplo, a informação que circula sobre o risco de transmissão de Covid-19 por ingestão de vegetais crus. A este respeito clarifica-se que a transmissão do novo coronavírus ocorre por via respiratória e conjuntival, mediante contacto entre as pessoas”, sublinhou.
O Governo lembrou também que, até ao momento, “não há evidências” de que os animais de companhia possam transmitir a doença.
Na semana passada, o Ministério da Agricultura já tinha anunciado um pacote de medidas de ajuda ao setor, onde se incluem apoios à tesouraria e à manutenção de postos de trabalho.
“O Ministério da Agricultura corrobora o seu agradecimento a todas e todos aqueles que, todos os dias, mesmo perante as dúvidas e o medo, nos fazem acreditar que, graças à solidariedade, à união e à força, venceremos mais esta batalha”, concluiu.
Portugal registou ontem a primeira morte por COVID-19, anunciou a ministra da Saúde, Marta Temido. Trata-se de um homem de 80 anos, com "várias patologias associadas" que estava internado há vários dias no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Há pelo menos 448 pessoas infetadas em Portugal, segundo o boletim diário de ontem da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Numa mensagem em vídeo, o Presidente da República anunciou no domingo uma reunião do Conselho de Estado na quarta-feira para "analisar a situação". Marcelo Rebelo de Sousa deverá decidir amanhã se decreta ou não Estado de Emergência, um estado de exceção que só pode ser declarado em casos de grave ameaça ou perturbação da ordem democrática ou de calamidade pública.
O Governo português declarou na sexta-feira o estado de alerta no país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão, e suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas a partir de segunda-feira, impondo restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, na quarta-feira, a doença COVID-19 como pandemia, justificando tal denominação com os “níveis alarmantes de propagação e de inação”. O surto de COVID-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 7.000 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ronda as 175 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 141 países e territórios. Do total de infetados, mais de 75 mil recuperaram.
Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China. Vários países na Europa, como Itália, Noruega, Irlanda, Dinamarca, Lituânia, França e Alemanha, encerram total ou parcialmente escolas, universidades, jardins de infância e outras instituições de ensino.
França decretou o isolamento obrigatório na segunda-feira e suspendeu a segunda volta das eleições municipais.
Em Portugal, o primeiro-ministro, António Costa, comunicou na semana passada ao país o encerramento de todas as escolas para travar a proliferação do coronavírus, entre outras medidas.
Também foi anunciado a suspensão de todos os voos de e para Itália e de e para Espanha.
A Direção-Geral de Saúde reforçou as recomendações à população.
Nos últimos dias, Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China e o Governo italiano decidiu há uma semana alargar a quarentena, imposta inicialmente no norte do país, a todo o território italiano.
Na quarta-feira, as autoridades italianas voltaram a decretar medidas de contenção adicionais e ordenaram o encerramento de todos os estabelecimentos comerciais à exceção dos de primeira necessidade, como supermercados ou farmácias.
Veja em baixo o mapa interativo com os casos de coronavírus confirmados até agora
Se não conseguir ver o mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, siga para este link.
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