Nas próximas horas, devem ser divulgados os resultados das análises ao grupo de portugueses que foram repatriados de Wuhan, China, devido à epidemia de um novo coronavírus (2019 n-CoV). Todos aceitaram ficar em quarentena.
Em França, no domingo, pelo menos 20 franceses repatriados no mesmo voo em que viajaram os portugueses apresentavam sintomas da doença. Mas os testes laboratoriais mostraram que não estão infetados.
"Os testes das 20 pessoas repatriadas que apresentavam sintomas não estavam ligados ao coronavírus, mas tivemos que verificar. Todos os testes foram negativos e, como tal todas as pessoas puderam ser levadas para os centros, tanto de Aix ou de Carry", disse o secretário de estado da Saúde, Adrien Taquet, à BFMTV.
A ministra da Saúde portuguesa, Marta Temido, garantiu ontem que os portugueses não tiveram contacto com esse grupo.
O número de mortes provocadas pelo novo coronavírus subiu para 362, depois de 56 pessoas terem morrido na China e uma nas Filipinas, anunciaram hoje as autoridades da província de Hubei.
No seu balanço diário, a comissão de saúde da província onde se situa Wuhan, a cidade onde começou o contágio, afirmou que foram registados 2.829 novos casos de infeção no surto de pneumonia provocado pelo novo coronavírus.
Desde dezembro já surgiram 17.205 casos em toda a China da doença que levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a decretar uma emergência mundial e que já se espalhou a mais de 25 países. No domingo, morreu a primeira pessoa infetada fora da China, nas Filipinas: um chinês de 44 anos, natural de Wuhan.
Um avião da Força Aérea Portuguesa transportou no domingo para Lisboa um grupo de 20 pessoas — 18 portugueses e duas cidadãs brasileiras — retiradas da cidade chinesa de Wuhan, foco do novo coronavírus.
No avião de transporte C-130 da Força Aérea Portuguesa, as pessoas que decidiram sair de Wuhan, foram acompanhadas por oito tripulantes e oito profissionais de saúde, incluindo uma equipa de sanidade internacional.
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infeção confirmados em 24 países.
A OMS declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto do novo coronavírus na China.
O Ministério da Saúde vai disponibilizar instalações onde os portugueses provenientes de Wuhan vão ficar em “isolamento profilático” voluntário, durante 14 dias, e fazer análises para despistar o novo coronavírus.
Durante esse período, não poderão receber visitas, mesmo que controladas.
A Direção-Geral da Saúde fará um boletim clínico diário do grupo e o Ministério da Saúde realizará uma conferência de imprensa diária para dar conta da evolução da situação. O Hospital Pulido Valente, em Lisboa, e o Hospital Militar, no Porto, são as unidades preparadas para os receber.
Veja em baixo o mapa interativo com todos os casos de coronavírus confirmados
Se não conseguir ver o mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, siga para este link.
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