A corrida às máscaras de proteção está a esgotar os stocks das farmácias, avança o Jornal de Notícias.
Aquele jornal contactou oito farmácias no Porto, Braga, Guimarães e Lisboa e todas notaram uma maior procura. Há portugueses a comprar, mas a maioria são cidadãos orientais, para as enviar para os países de origem, escreve o jornal.
O novo coronavírus provocou a morte a mais 25 pessoas na província de Hubei, na China, aumentando para 131 o número de mortos no país devido ao surto que começou na cidade de Wuhan, informaram hoje as autoridades locais.
A mesma fonte, citada pela agência France-Presse, adiantou que há 840 novos casos diagnosticados nesta província, aumentando para mais de 5.300 o número total de infetados em todo o país.
As autoridades de saúde alemãs confirmaram mais três casos de contágio pelo novo coronavírus (2019-nCoV) detetado na China, aumentando para quatro o número de contagiados naquele país.
A Alemanha é o segundo país na Europa afetado pelo surto, depois de França.
A doença foi identificada como um novo tipo de coronavírus, semelhante à pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave, que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.
Os sintomas associados à infeção são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, como falta de ar.
Além do território continental da China, de França e Alemanha, também foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Austrália e Canadá.
As autoridades chinesas admitiram que a capacidade de propagação do vírus se reforçou.
As pessoas infetadas podem transmitir a doença durante o período de incubação, que demora entre um dia e duas semanas, sem que o vírus seja detetado.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou que vai enviar peritos internacionais para a China o mais rapidamente possível para trabalhar com especialistas chineses no estudo e contenção do vírus.
Vários países já começaram o repatriamento de cidadãos de Wuhan, cidade que foi colocada sob quarentena, na semana passada, com saídas e entradas interditadas pelas autoridades durante um período indefinido.
Um avião fretado pelo Governo japonês transportando 216 pessoas retiradas da cidade já chegou a Tóquio.
Entretanto, um avião com pessoal diplomático dos Estados Unidos e outros cidadãos norte-americanos também saiu de Wuhan, sendo esperado que chegue ao aeroporto internacional de Ontário, na Califórnia, nesta quarta-feira.
Já o Canadá está a estudar todas as opções para repatriar os 126 canadianos que vivem na região e a União Europeia vai enviar dois aviões entre quarta e sexta-feira e que deverão repatriar 250 franceses e outros 100 cidadãos europeus.
A ministra da Saúde portuguesa, Marta Temido, assegurou que os hospitais de Portugal estão preparados para lidar com uma eventual epidemia e que a situação está a ser tratada de forma “tranquila, mas rigorosa”.
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