O estudo liderado por Giuseppe Melacini do Departamento de Química e de Biologia Química da Universidade McMaster, no Canadá, descobriu o galato de epigalocatequina (EGCG), um polifenol presente no extrato do chá verde, trava a formação de placa amiloide através da interferência na função dos oligómeros de beta-amiloide

Na investigação, a equipa usou a técnica de ressonância magnética para investigar a fundo a forma como o EGCG poderia afetar a formação das placas de beta-amiloide.

Os monómeros (moléculas minúsculas que se unem a outros monómeros) de beta-amiloide, formam oligómeros (número finito de unidades de monómero) de beta-amiloide. Com o passar do tempo, estes oligómeros juntam-se e foram as placas tóxicas de beta-amiloide que bloqueiam as funções cerebrais.

Agora, os investigadores descobriram que o EGCG remodela os oligómeros de beta-amiloide, evitando assim que se formem as placas tóxicas que estão presentes no desenvolvimento da doença de Alzheimer.

"Achamos que o EGCG reveste os oligómeros tóxicos e altera a sua capacidade de se desenvolverem e interagirem com as células saudáveis", explica Giuseppe Melacini numa nota emitida por aquele departamento de ensino.

As conclusões levam a equipa científica a acreditar que os extratos de chá verde poderão ser usados na prevenção da doença de Alzheimer.

"Todos nós sabemos que não há cura para a Alzheimer quando os sintomas emergem, sendo que o melhor que esperamos é uma intervenção precoce. Isso poderá significar usar os extratos de chá verde e derivados numa fase precoce, digamos, 15 a 25 anos antes de os sintomas surgirem", comentou ainda o principal autor do estudo.

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