O cientista Feng Lei, da Universidade Nacional de Singapura, conclui que os efeitos benéficos do chá são especialmente visíveis em quem apresenta propensão genética para a doença de Alzheimer.

Os investigadores conduzidos por Feng Lei recolheram dados de 957 adultos chineses com 55 ou mais anos. A equipa analisou o consumo de chá - chá verde, preto e oolong, feito a partir de folhas de chá -  por parte dos participantes e entre 2006 e 2010 a equipa identificou 72 novos casos de doenças neurocognitivas entre os participantes.

No entanto, comparando dados, os consumidores assíduos daquela bebida apresentavam um risco 50% menor de declínio cognitivo. Por outro lado, os voluntáruis que possuíam o gene APOE e4, associado a um maior risco de doença de Alzheimer, e que bebiam chá com regularidade, apresentavam um risco 86% menor de declínio cognitivo.

Numa nota da faculdade, Feng Lei comenta que os resultados do estudo podem ser explicados por compostos do chá como as teaflavinas, catequinas, tearugibinas e L-teanina.

"Estas têm um potencial anti-inflamatório e antioxidante e outras propriedades bioativas que poderão proteger o cérebro de danos vasculares e da neurodegeneração", explica o autor principal do estudo.