Mulher que nunca sente fome pode ser a chave para o fim da obesidade
Mulher que nunca sente fome pode ser a chave para o fim da obesidade

Esta jovem norte-americana nunca se quer alimentar. Para não desmaiar por falta de glicose, transporta pequenas barras de cereais para se poder alimentar e ter energia durante o dia a dia. De acordo com a BBC, Abby Solomon ingere em média menos da metade da quantidade de calorias necessárias para uma pessoa da sua idade - cerca de 1500 a 2000 calorias, de acordo com as recomendações da OMS.

Para Abby Solomom, bastam algumas garfadas para ficar totalmente satisfeita e para não conseguir ingerir mais nada. Apesar disso, Abby Solomon garante que a sua vida gira à volta de comida, disse em entrevista à rede americana CBS News.

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No entanto, a mutação genética que lhe causa a síndrome progeroide neonatal, ou síndrome de Wiedemann-Rautenstrauch, faz com que Abby Solomon envelheça de maneira precoce. A jovem é um dos raros casos de pessoas que conseguiram sobreviver na idade adulta com essa síndrome.

Apesar das terríveis consequências da doença, a sua condição traz esperança para alguns cientistas na área: compreender essa mutação pode ser útil na busca por um tratamento mais eficiente contra a obesidade, escreve a BBC. Perceber exatamente como a expressão genética da sua doença inibe o apetite, pode ajudar na criação de novas técnicas de tratamento e controlo quer do apetite quer da obesidade.

Atul Chopra, médico geneticista na Escola Baylor de Medicina em Houston, nos Estados Unidos, trabalha no desenvolvimento de um anticorpo projetado para desligar o efeito do asprosina no corpo. Para isso, o especialista analisou o ADN desta norte-americana, replicando a doença em ratos de laboratório.

"A esperança aqui seria injetar anticorpos contra a asprosina em diabéticos obesos e, se isso funcionar tão bem quanto funciona nos ratos, teremos uma importante descoberta que irá mudar forma como tratamos a obesidade", disse o especialista à BBC.